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Petróleo a nível mais alto desde julho de 2015, mercados focam no acordo

Publicado 03.01.2017, 07:38
© Reuters.  Petróleo chega ao nível mais alto desde julho de 2015
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Investing.com - Os preços do petróleo deram grande salto no primeiro pregão de 2017 nesta terça-feira, com os investidores observando os acontecimentos que envolvem o fundamental acordo de redução da produção neste ano firmado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e diversos produtores não membros do grupo.

O petróleo bruto para entrega em fevereiro na Bolsa de Valores de Nova Iorque saltou para a máxima da sessão de US$ 55,24 por barril, um nível inédito desde julho de 2015. Às 7h35, no horário de Brasília, a commodity estava cotada a US$ 55,15, tendo subido US$1,43, ou aproximadamente 2,7%.

Em outros lugares, o petróleo Brent para entrega em março na ICE Futures Exchange de Londres avançou US$ 1,43, ou 2,5%, a US$ 58,24 por barril, após alcançar uma máxima diária de US$ 58,38, o mais alto nível desde julho de 2015.

Os mercados de petróleo estavam fechados nesta segunda-feira após o feriado de ano novo.

O dia 1º de janeiro marca oficialmente o início do acordo de corte de produção firmado por países membros e não membros da OPEP em novembro com o intuito de reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia.

O acordo, se executado de acordo com o plano, deve reduzir a oferta global em cerca de 2%.

Contudo, alguns investidores ainda adotam cautela quanto à expectativa geral do mercado com a eficácia dos cortes planejados.

O mercado ainda tem receios em virtude da aceleração da produção na Líbia e na Nigéria, países que têm permissão para acelerar a produção conforme o acordo da Opep.

Enquanto isso, as atenções ainda se voltam para os indícios de aumento na atividade das perfuradoras dos EUA. A Baker Hughes, provedora de serviços para a área do petróleo, declarou na última sexta que o número de plataformas de petróleo ativas nos EUA na semana passada subiu para 525, apresentando aumento nominal de 2, a nona elevação semanal seguida, atingindo nível inédito em quase um ano.

Alguns analistas reiteraram que o recente rali nos preços pode "sair pela culatra", já que incentiva os produtores de xisto dos EUA a aumentar a produção, impulsionando as preocupações novamente com um excesso de oferta.

Uma enquete da Reuters mostrou, na semana passada, uma previsão de que os preços do petróleo cheguem a US$ 60 por barril no fim de 2017. A possibilidade de aumento ainda maior foi reduzida graças ao dólar mais forte, ao aumento de produção da commodity nos EUA e à possibilidade de não cumprimento do acordo pela OPEP.

Na Nymex, os contratos futuros da gasolina para fevereiro ganharam US$ 0,025, ou 1,5%, a US$ 1,697 por galão, enquanto que o óleo de aquecimento para fevereiro avançou US$ 0,033, ou 1,9%, a US$ 1,761 por galão.

Por outro lado, o gás natural futuro para entrega em fevereiro recuou US$ 0,22, ou 6%, a US$ 3,502 por milhão de BTU, devido às previsões de clima menos quente e menor demanda para aquecimento nas duas primeiras semanas de janeiro que puxaram os preços para baixo.

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