Investing.com - O petróleo ampliava os ganhos nesta quarta-feira após dados mostrarem que os estoques de petróleo norte-americanos tiveram redução maior do que se esperava na semana passada.
A referência norte-americana, o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI), avançava US$ 0,98, ou cerca de 1,5%, e era negociado a US$ 65,86 o barril por volta das 11h35. Os preços estavam em torno de US$ 65,64 antes da divulgação dos dados dos estoques.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 5,9 milhões de barris na semana que se encerrou em 15 de junho.
Isso se compara às expectativas dos analistas de que os estoques de petróleo bruto tivessem redução de 2,1 milhões de barris, ao passo que o Instituto Americano de Petróleo informou na terça-feira uma diminuição de 3,0 milhões de barris no abastecimento.
O total de estoques de petróleo bruto nos EUA foi de 426,5 milhões de barris na semana passada.
A produção doméstica de petróleo, guiada pela extração de shale oil, chegou à máxima histórica de 10,90 milhões de barris por dia na semana passada. Apenas a Rússia atualmente tem produção maior, com 11 milhões de barris por dia.
O relatório também mostrou que os estoques de gasolina tiveram aumento de 3,3 milhões de barris, em comparação a expectativas de um aumento modesto de 188.000 barris. No caso de estoques de destilados, incluindo diesel, a EIA informou um aumento de 2,7 milhões de barris.
Do outro lado do Atlântico, os contratos com vencimento em agosto de petróleo Brent, referência global, subiam US$ 0,39, ou cerca de 0,5%, e estavam cotados a US$ 75,45 o barril na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres.
Investidores de petróleo continuavam a pesar os resultados potenciais de uma reunião dos principais produtores de petróleo no final deste mês.
Ministros do petróleo da Opep, da Rússia e de outros importantes produtores se reunirão em Viena na quinta e na sexta-feira para reverem seu acordo atual sobre a produção que retirou 1,8 milhão de barris por dia do mercado nos últimos 18 meses.
A Rússia tem pressionado pela volta de um milhão de barris por dia de volta ao mercado com relativa rapidez. No entanto, a Arábia Saudita gostaria de tentar uma quantidade menor para evitar que o preço caia muito, disseram especialistas.
Porém, nem todos os membros da Opep concordam. Irã, Venezuela e Iraque disseram que o atual acordo de produção deve permanecer em vigor como está.