Investing.com - Os preços do petróleo foram negociados em altas pela sexta sessão consecutiva nesta quinta-feira, ampliando a recuperação impressionante deste mês para bater novas altas de cinco semanas em meio à tendência de valorização dos preços.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo com vencimento em setembro atingiu uma alta diária de US$ 47,17 por barril, um nível não visto desde 7 de julho. O petróleo foi negociado a US$ 47,11 por barril, às 04h03 ET (08h03 GMT), uma alta de 32 centavos, ou 0,68%.
Na quarta, os futuros de petróleo negociados em Nova York subiram 21 centavos, ou 0,45%. A referência subiu mais de 13% até agora neste mês.
Dados semanais divulgados na quarta-feira mostraram que tanto o petróleo quanto os estoques de gasolina caíram mais do que o previsto na semana passada nos EUA.
De acordo com a Energy Information Administration dos EUA, as reservas de petróleo bruto caíram 2,5 milhões de barris na semana passada, para 521,1 milhões. O relatório também mostrou que as {reservas de gasolina caíram 2,7 milhões de barris, muito mais do que a queda esperada de 1,6 milhão de barris.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em outubro subiram 7 centavos, ou 0,14%, sendo negociados a US$ 49,92 por barril, após ter tocado uma alta da sessão de US$ 50,05, o nível mais alto desde 4 de julho.
Na quarta-feira, os preços do Brent negociados em Londres subiram 62 centavos, ou 1,26%. A referência internacional ganhou quase 17% em agosto em meio a indicações de que os principais produtores de petróleo estão reconsiderando um congelamento de produção coletivo em uma tentativa de impulsionar o mercado.
A recuperação começou na quinta-feira após o ministro de energia da Arábia Saudita ter dito que o país trabalharia com outros produtores de petróleo para estabilizar os preços em uma reunião na Argélia no próximo mês.
O ministro de Energia russo Alexander Novak disse na segunda-feira que seu país está se abrindo para um acordo com outros grandes produtores de petróleo para limitar a produção "se necessário" para alcançar a estabilidade do mercado.
No entanto, os participantes do mercado permaneceram céticos de que a reunião resultaria em alguma ação concreta, após a Arábia Saudita ter sinalizado que poderia impulsionar sua produção para um novo nível recorde em agosto.
Uma tentativa conjunta de congelar os níveis de produção no início deste ano falhou após a Arábia Saudita ter recuado em decorrência da recusa do Irã de participar da iniciativa, ressaltando a dificuldade dos rivais políticos em chegar a um consenso.
Apesar dos ganhos recentes, indicações de uma recuperação na atividade de perfuração dos EUA combinada com estoques elevados de produtos combustíveis ao redor do mundo devem manter os preços sob pressão no curto prazo.