Investing.com - Os preços do petróleo ampliaram ganhos fortes da semana passada nesta segunda-feira, atingindo novas altas de dois meses, em meio à visão de que a queda de 20 meses de duração está finalmente chegando ao fim.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo dos EUA com vencimento em abril subiu 53 centavos, ou 1,48%, para US$ 36,45 por barril, às 07h45min. GMT, ou 02h45min. ET, após ter atingido uma alta da sessão de US$ 36,72, o nível mais alto desde 5 de janeiro.
Na sexta-feira, os futuros de petróleo negociados em Nova York subiram US$ 1,35, ou 3,91%, em meio a indicações de que os perfuradores de óleo de xisto nos EUA estão cortando a produção.
Na sexta-feira, o prestador de serviços petrolíferos, Baker Hughes, disse que o número de sondas de perfuração de petróleo nos EUA caiu em 8 na semana passada, para 392, a décima primeira queda semanal consecutiva e o nível mais baixo desde 2009.
Existem hoje aproximadamente 69% menos plataformas de todos os tipos de um pico de 1.609 em outubro de 2014. Uma menor contagem de sondas nos EUA é geralmente um sinal de alta para o petróleo, uma vez que sinaliza uma produção potencialmente mais baixa no futuro.
Na semana passada, os futuros de petróleo dos EUA subiram US$ 3,20, ou 9,58%, a terceira semana consecutiva de altas. Desde a queda para baixas de 13 anos de US$ 26,05 em 11 de fevereiro, os preços do petróleo da Nymex mostraram recuperação de aproximadamente 30%, uma vez que a queda na produção de óleo de xisto nos EUA estimulou o sentimento.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em maio atingiram uma alta intraday de US$ 39,50, um nível não visto desde 4 de janeiro, antes de desistir de alguns ganhos e serem negociados em US$ 39,12, uma alta de 40 centavos, ou 1,03%.
Na sexta-feira, os futuros de Brent negociados em Londres despencaram US$ 1,65, ou 4,45%. A referência internacional ganhou US$ 3,62, ou 10,31%, na semana passada, uma vez que as esperanças contínuas de que os principais produtores de petróleo discutirão um possível congelamento aumentaram os preços.
Os futuros do Brent subiram aproximadamente 25% desde a queda abaixo do nível de US$ 30 por barril em 11 de fevereiro. As vendas a termo começaram em meados de fevereiro, após a Arábia Saudita e outros membros da OPEP, o Qatar e a Venezuela, terem concordado com o membro não OPEP, a Rússia, em congelar a produção aos níveis de janeiro, desde que os outros exportadores de petróleo aderissem ao movimento.
A reunião está prevista ainda para este mês, quando os produtores vão discutir os detalhes da ação proposta.
A produção mundial de petróleo está superando a demanda após um crescimento na produção de óleo de xisto dos EUA e após a decisão da OPEP no ano passado de não cortar a produção para defender a sua quota de mercado, fazendo com que os preços caíssem mais de 70% nos últimos 20 meses.
Enquanto isso, a diferença do contrato de Brent sobre o West Texas Intermediate ficou em US$ 2,67 por barril, em comparação com uma diferença de US$ 2,80 no fechamento do pregão da sexta-feira.
Nesta semana, os traders de petróleo estarão observando os dados sobre reservas norte-americanas na terça-feira e quarta-feira para obter mais evidências de uma desaceleração na produção dos EUA em meio a preocupações crescentes sobre um excesso de oferta doméstica.
Os acontecimentos em torno de um possível acordo entre a OPEP e os produtores não OPEP de cortar a produção também estarão em foco.