Os preços do petróleo subiram nesta terça-feira em Nova York, dando sequência a tendência da sessão de ontem, quando uma redução inesperada nos estoques de gasolina empurrou a cotação.
O petróleo para entrega em março em NY avançou US$ 0,83, ou 1,6%, para US$ 53,17/barril às 12h35, após subir US$ 0,17, ou 0,3% ontem.
Já o Brent para abril foi negociado em Londres com valorização de US$ 0,64, ou 1,2%, para US$ 55,76/barril. Ontem, a cotação subiu US$ 0,07, +0,1%.
A virada do petróleo ocorreu após a agência de energia dos EUA divulgar que os estoques de gasolina caíram 869 mil barris na semana passaram, para 256,2 milhões de barris, contra previsões de ganho de 1,1 milhão de barris.
O mesmo relatório, contudo, mostrou que estoques de petróleo dispararam 13,8 milhões de barris, para 508,6 milhões de barris, aumentando os receios em relação ao aumento da oferta doméstica de petróleo.
Os futuros do petróleo estão sendo negociados em margem estreita, cerca de US$ 55 no último mês, a medida em que o sentimento no mercado do petróleo se divide entre a esperança de que o excesso de oferta possa ser contido pelos cortes de produção anunciados pelos maiores produtores globais e expectativas de uma recuperação na produção norte-americana de shale.
As atividades de perfuração nos EUA subiram mais de 6% desde meados de 2016, nível similar ao final de 2014, quando a produção norte americana contribuiu para o colapso nos preços do petróleo.
A retomada de perfuração nos EUA levantou questionamentos de que a recuperação constante na produção norte-americana de shale possa atrapalhar os esforços de outras grandes produtoras em equilibrar o estoque mundial e a demanda de petróleo.
Os países pertencentes à Opep e não-membros do cartel deram o pontapé inicial com uma forte redução na produção de petróleo, sob o primeiro acordo em mais de uma década, com os produtores tentando reduzir o excesso de oferta.
No primeiro dia do ano entrou em vigor o acordo entre países da Opep e não membros, como a Rússia, para cortar em 1,8 milhão de barris/dia a oferta dos países, que deverá ficar em 32,5 milhões de barris/dia pelos próximos seis meses.
A redução representa cerca de 2% da oferta global.