Investing.com - Os preços do petróleo subiram nesta terça-feira, enquanto os players aguardam a liberação dos dados semanais dos EUA sobre os estoques de produtos brutos e refinados.
O grupo industrial do Instituto Americano de Petróleo deve divulgar seu relatório semanal às 19h30 de hoje. Dados oficiais da EIA serão divulgados somente quarta-feira, em meio a previsões de uma alta de petróleo de 3,2 milhões de barris.
O petróleo para entrega em março no New York Mercantile Exchange avançou US$ 0,71 ou cerca de 1,4% para US$ 53,65 o barril às 11h25, após perder US$ 0,93 ou 1,7% na véspera.
Já o Brent para entrega em abril no ICE Futures Exchange de Londres subiu US$ 0,82 ou cerca de 1,5% para US$ 56,41 o barril. A referência global perdeu US$ 1,11 ou quase 2% na segunda-feira.
Os futuros têm sido negociados em faixa entre US$ 50 e US$ 55 desde dezembro, com o sentimento nos mercados de petróleo divididos entre as esperanças da redução da sobreoferta pelos cortes de produção anunciados pelos grandes produtores globais e as expectativas de uma recuperação na produção norte-americana de shale
As atividades de exploração dos EUA aumentaram quase 7% a partir do segundo semestre de 2016, voltando ao patamar do final de 2014, quando a produção norte-americana contribuiu para um colapso nos preços do petróleo.
Esse novo fôlego na perfuração nos EUA levanta preocupações de que a contínua recuperação da produção de shale possa atrapalhar os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar a oferta e a demanda mundial de petróleo.
Os países pertencentes à Opep e não-membros do cartel deram o pontapé inicial para uma forte redução na produção de petróleo, sob o primeiro acordo em mais de uma década, com os produtores tentando reduzir o excesso de oferta.
Dados divulgados em janeiro mostram que seus membros bombearam 32,14 milhões de barris por dia em janeiro, representando uma queda de 890,2 mil barris por dia ante dezembro. A diminuição aponta para 90% de comprometimento, um início forte na implementação de seu primeiro corte de produção em oito anos.
No primeiro dia do ano entrou em vigor o acordo entre países da Opep e não membros, como a Rússia, para cortar em 1,8 milhão de barris/dia a oferta dos países, que deverá ficar em 32,5 milhões de barris/dia pelos próximos seis meses.
Enquanto isso, os futuros da gasolina na Nymex para entrega em março subiram US$ 0,25 ou 1,7% para US$ 1,570 o galão, enquanto o óleo combustível ganhou US$ 0,026 ou 1,6% para US$ 1,653 o galão.
O futuro do gás natural para entrega em março caiu US$ 0,032 ou 1,1% para US$ 2,917 por milhão de BTU, atingindo a mínima desde novembro, à medida em que as previsões apontam para o recuo do tempo frio em regiões-chave dos EUA, nas próximas semanas.