Investing.com - O petróleo fechou em alta nesta terça-feira empurrado pela agência de energia dos EUA que cortou sua previsão de produção do país e por relatório que mostrou queda nos estoques europeus.
Em Nova York, os contratos futuros para entrega em agosto subiram 1,4% para fechar a US$ 45,04 o barril, enquanto o Brent, em Londres, ganhou 1,5% para encerrar a sessão a US$ 47,62 o barril.
A agência de energia dos EUA reduziu sua projeção de produção do país em 2018 para 9,9 milhões de barris/dia, abaixo da expectativa de 10 milhões de barris/dia contida em relatório publicado no mês passado. Essa revisão amenizou o receio de que o aumento da extração norte-americana possa manter a sobreoferta ao compensar o corte de oferta da Opep.
Em maio, o cartel e grandes exportadores estenderam por nove meses o acordo firmado em novembro de 2016 para retirar do mercado 1,8 milhão de barris/dia.
Nesta semana, o mercado prevê uma redução de 2,850 milhões de barris nos estoques dos EUA, dado que será revelado amanhã às 11h30.
Alguns analistas, contudo, seguem céticos de que o mercado conseguirá se reequilibrar nos próximos meses, com o aumento de produção e nas atividades exploratórias dos EUA no último ano, assim como o retorno de milhares de barris diários vindos da Nigéria e da Líbia, isentas do acordo.
Recentemente, o BNP Paribas (PA:BNPP) reduziu em quase 15% sua projeção de preços médios de petróleo e Brent em 2017.
O Goldman Sachs acredita que o preço pode ficar abaixo dos US$ 40 o barril em breve com um teste do mercado a uma reação do shale e da Opep.