Investing.com - Os futuros do petróleo fecharam em alta pela décima sessão seguida nesta segunda-feira, com os investidores animados com os sinais de que a produção dos EUA pode estar perto do limite.
Em Nova York, os contratos de petróleo para entrega em agosto avançaram US$ 1,03 para fecharem a US$ 47,07 o barril, enquanto o Brent, em Londres, ganhou US$ 0,92 e encerrou o dia a US$ 49,69 o barril.
Na sexta-feira, a Baker Hughes mostrou em seu relatório semanal a primeira queda desde janeiro no número de sondas em atividade nos EUA. Esse dado é acompanhado de perto por investidores e indica que as empresas no shale estão no limite de seus custos e pararam de contratar mais unidades para exploração.
Se confirmada a nova tendência de queda nas atividades de exploração, isso poderá colocar um ‘piso’ nas cotações do petróleo, pois assim que a commodity atinge o patamar perto dos US$ 40-US$ 45 um corte na oferta dos EUA regularia o mercado.
A produção dos EUA, contudo, ainda deverá seguir em alta refletindo o aumento das atividades de exploração do último ano, que terá impacto ainda nos próximos meses.
Na última semana, a extração do país mostrou retração, o que pode ser visto como um ponto isolado, visto que a tendência deverá seguir de alta.
Os EUA – junto com Nigéria e Líbia – têm sido os principais produtores que adicionaram petróleo no mercado global já superofertado, ofuscando os planos da Opep e grandes produtores de equilibrar a oferta e a demanda.
No fim de maio, a Opep decidiu estender até março de 2018 seu plano de retirar 1,8 milhão de barris/dia, em vigor desde novembro do ano passado.