NOVA YORK (Reuters) - O petróleo Brent caiu abaixo de 100 dólares o barril pela primeira vez em 16 meses nesta segunda-feira, mas reduziu as perdas e fechou nos três dígitos.
Temores de corte na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ajudaram o mercado a se recuperar de indicadores econômicos fracos sobre a China e os Estados Unidos.
O Brent recuou 0,62 dólar, fechando a 100,20 dólares por barril, após chegar a 99,36 dólares na mínima do dia, patamar mais baixo desde 1º de maio de 2013.
O petróleo dos EUA fechou com queda de 0,63 dólar, a 92,66 dólares o barril.
Crescimento econômico mais lento que o esperado nos principais consumidores de petróleo do mundo e oferta ampla têm trazido para baixo os preços após o pico de mais de 115 dólares atingido em junho, complicando os esforços de bancos centrais para evitar deflação.
Ainda assim, analistas não acreditam que será fácil manter o Brent, principal referência global para o petróleo, abaixo de 100 dólares, uma vez que os exportadores da commodity na Opep provavelmente retaliarão com cortes de produção para manter o mercado em alta.
"Obviamente, a queda abaixo de 100 dólares levanta uma série de questões se você é um membro da Opep, e eu acho que isso é uma das coisas que o mercado reconheceu enquanto recuava hoje", disse o analista Phil Glynn, do Price Futures Group.
"Muitos desses países da Opep basicamente planejam todo seu universo com o fato de que o Brent nunca cairá abaixo de 100 dólares", acrescentou.
O declínio desta segunda-feira veio após o crescimento das importações pela China desacelerar inesperadamente pelo segundo mês consecutivo em agosto, no pior desempenho em mais de um ano, diante de menor demanda doméstica.
(Reportagem de Barani Krishnan e Eward McAllister em Nova York, Christopher Johnson em Londres e Keith Wallis em Singapura)