NOVA YORK (Reuters) - Os preços da referência global do petróleo, do tipo Brent, saltaram mais de 3 por cento nesta segunda-feira, para uma máxima em quatro anos acima dos 80 dólares por barril, depois que a Arábia Saudita e a Rússia barraram qualquer aumento imediato na produção, apesar dos pedidos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que agissem para aumentar a oferta global.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, incluindo a Rússia, maior produtor do mundo, encontraram-se na Argélia no domingo para uma reunião que terminou sem uma recomendação formal de qualquer aumento adicional da oferta para compensar o declínio do fornecimento do Irã.
"O mercado ainda está sendo guiado pelos receios sobre a oferta iraniana e venezuelana", disse Gene McGillian, diretor de pesquisa de mercado na Tradition Energy.
"O fracasso dos produtores de abordar isso adequadamente neste fim de semana está criando oportunidade de compra."
Os futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 2,40 dólares, ou 3,1 por cento, a 81,20 dólares por barril, depois de uma máxima intradiária de 81,39 dólares, a máxima desde novembro de 2014.
O petróleo dos EUA (WTI) teve alta de 1,30 dólar, ou 1,8 por cento, a 72,08 dólares o barril.
A Arábia Saudita, líder de produção da Opep, e seu maior aliado não pertencente ao grupo, a Rússia, recusaram efetivamente a demanda de Trump por mudanças que esfriem o mercado.
"Eu não influencio os preços", disse o ministro da Energia saudita, Khalid al-Falih, a repórteres no domingo.
Trump disse na semana passada que a Opep "precisa baixar os preços agora!", mas o ministro do Petróleo iraniano, Bijan Zanganeh, disse nesta segunda-feira que a Opep não respondeu positivamente às demandas de Trump.
(Por Jessica Resnick-Ault, Christopher Johnson e Henning Gloystein)