Investing.com - Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda na sexta, registrando uma modesta queda semanal, com os investidores voltando suas atenções para o aumento da produção nos EUA e esquecendo os cortes de produção pela Opep.
O petróleo bruto para entrega em março na Bolsa de Valores de Nova Iorque recuou US$ 0,61, ou aproximadamente 1,1%, fechando a US$ 53,17 o barril no encerramento do pregão. Os contratos futuros tocaram uma máxima de US$ 54,08 mais cedo, nível mais forte desde 6 de janeiro.
Para a semana, o petróleo futuro negociado em Nova Iorque registrou queda de US$ 0,05, ou cerca de 0,1%.
Na bolsa de futuros de Londres, a ICE Futures Exchange, o barril de Brent para entrega em março registrou recuo de US$ 0,72, ou aproximadamente 1,3%, estabelecendo-se em US$ 55,45 o barril no fechamento do pregão da sexta. Os preços haviam chegado à máxima de três semanas de US$ 56,55 na sessão anterior.
O Brent futuro negociado em Londres registrou alta de US$ 0,07, ou aproximadamente 0,1%, na semana.
Os preços caíram ao menor nível da sessão após a prestadora de serviços da área petrolífera, Baker Hughes, afirmar, no fim da sexta, que o número de plataformas ativas nos EUA aumentou em 15 na semana passada, o 12º aumento das últimas 13 semanas.
Com isso, o total de plataformas chegou a 566, o maior número desde novembro de 2015.
Os dados levantaram preocupações relacionadas ao aumento da produção de shale oil nos EUA e como este aumento pode prejudicar as medidas de outros grandes produtores para reequilibrar a oferta e demanda global.
Os contratos futuros têm sido negociados a um valor sempre próximo de US$ 50,00 durante o último mês, com a confiança dos mercados de petróleo dividida entre as projeções de aumento de produção de shale oil nos EUA e as esperanças de que o excesso de oferta mundial possa ser remediado com os cortes anunciados pelos principais produtores.
Países membros e não membros da Opep começaram com uma forte redução na produção de petróleo, sob um acordo de corte do qual não se via há mais de uma década com os produtores tentando reduzir o excesso de oferta e os preços de suporte.
O dia 1º de janeiro marca oficialmente o início do acordo de corte de produção firmado em novembro por países membros e não membros da Opep, buscando reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia, totalizando 32,5 milhões de barris, para os próximos seis meses.
O acordo, se executado conforme o plano, deve reduzir a oferta global em cerca de 2%.
Ainda na Nymex, os contratos futuros da gasolina com vencimento em fevereiro recuaram US$ 0,015, ou 1%, cotados a US$ 1,527 o galão. Eles fecharam a semana com queda de 2,5%.
O óleo de aquecimento para entrega em fevereiro registrou recuo de US$ 0,022, ou 1,4%, fechando a US$ 1,618 o galão. Na semana, o combustível registrou queda de cerca de 1,7%.
O gás natural futuro com vencimento em março caiu US$ 0,039, ou quase 1,2%, cotado a US$ 3,358 por milhão de unidades térmicas britânicas. A commodity registrou um avanço semanal de 0,3%.
Na próxima semana, os participantes do mercado analisarão as novas informações semanais sobre os estoques de petróleo refinado e bruto nos EUA na terça e na quarta-feira, para medir a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
Os investidores continuarão muito atentos aos comentários dos produtores do mundo para mais evidências de que os produtores respeitarão os acordos de corte neste ano.
Antes da próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos importantes que devem afetar os mercados.
Terça-feira, 31 de janeiro
O Instituto Americano do Petróleo (American Petroleum Institute), um grupo de indústrias, deve publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo dos EUA.
Quarta-feira, 1 de fevereiro
A Administração de Informações Energéticas dos EUA deve divulgar dados semanais sobre os estoques de petróleo e gasolina.
Quinta-feira, 2 de fevereiro
A americana EIA deve produzir um relatório semanal dos estoques de gás natural.
Sexta-feira, 3 de fevereiro
A Baker Hughes divulgará dados semanais sobre o número de plataformas de petróleo ativas nos EUA.