Investing.com – Os futuros de petróleo bruto se recuperaram hoje, um dia após terem despencado quase 9, uma vez que os investidores voltaram ao mercado em busca de barganhas.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo bruto, com vencimento em março, caiu 2,18%, ou US$ 1,06, atingindo uma baixa da sessão de US$ 47,39 por barril, antes de subir e ser negociado US$ 49,72 durante as negociações norte americanas da manhã, subindo US$ 1,27, ou 2,62%.
Um dia antes, os futuros de petróleo negociados em Nova York caíram US$ 4,60, ou 8,67%, para US$ 48,45, após dados terem mostrado que, na semana passada, as reservas de petróleo dos EUA atingiram os níveis mais altos da história.
A Administração de Informações de Energia (EIA) dos EUA disse que as reservas de petróleo bruto dos EUA cresceram 6,3 milhões de barris na semana passada, para 413,1 milhões de barris, o nível mais alto da história desde agosto de 1982.
Os futuros de petróleo West Texas Intermediate subiram quase 19% nas últimas quatro sessões, em meio a indicações de que os produtores norte-americanos estão reduzindo novas produções em resposta aos preços baixos.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em março subiram US$ 1,58, ou 2,93%, sendo negociados a US$ 55,75 por barril, após terem caído US$ 1,06, ou 1,95%, atingindo uma baixa diária de US$ 53,10 no início do dia.
Na quarta-feira, os preços do Brent negociados em Londres caíram US$ 3,75, ou 6,48%, para US$ 54,16 por barril.
Os preços do Brent subiram quase 17% nas quatro sessões que antecederam a quarta-feira.
Cortes nas despesas de capital por grandes companhias petrolíferas, combinados com uma forte redução na contagem de sondas norte-americanas, estão ajudando a apoiar os preços, em meio a esperanças de que isso diminuirá um excesso na oferta mundial.
Os preços do petróleo apresentaram forte queda nos últimos meses, uma vez que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo resistiram aos apelos para reduzir a produção, ao passo que os EUA continuam produzindo em um ritmo mais rápido em mais de três décadas, criando um excesso de oferta mundial.
Enquanto isso, os investidores permaneceram cautelosos diante os acontecimentos na Grécia, após o Banco Central Europeu ter dito que não vai mais aceitar títulos gregos como garantia para os empréstimos, mandando a responsabilidade para o banco central da Grécia de fornecer liquidez adicional para os seus credores e aumentando a pressão sobre Atenas.
O governo da Grécia está em busca do perdão da dívida em seu atual empréstimo de 240 bilhões de euros, que tem alimentado temores com um confronto com os seus credores que poderia provocar sua eventual saída da zona euro.
O índice principal da bolsa de valores de Atenas despencou nesta quinta-feira, ao passo que o rendimento dos títulos de 10 anos da Grécia subiram acentuadamente, pairando abaixo do nível de 11%.
Nos EUA, dados do governo mostraram que a quantidade de indivíduos que entraram com pedido novo de seguro desemprego na semana que terminou em 31 de janeiro aumentou em 11.000, para 278.000, do total revisto da semana anterior de 267.000.
Os analistas esperavam que os pedidos de seguro desemprego nos EUA aumentassem de 23.000 para 290.000 na semana passada.
Um relatório separado mostrou que o déficit comercial dos EUA expandiu para US$ 46,56 bilhões em dezembro, de um déficit de US$ 39,75 bilhões em novembro, cujos números foram revistos em relação a um déficit anteriormente estimado de US$ 39,00 bilhões. Os analistas esperavam que o déficit comercial contraísse para US$ 38,00 bilhões em dezembro.
Os traders voltaram a atenção para a divulgação do relatório mais recente sobre o indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA, na sexta-feira, em busca de mais indicações sobre a força da recuperação no mercado de trabalho.
Os analistas de mercado esperam que os dados mostrassem que a economia dos EUA adicionou 234.000 postos de trabalho em janeiro, desacelerando de um ganho de 252.000 em dezembro, ao passo que a taxa de desemprego deve permanecer estável em 5,6%.