Investing.com - Preços do petróleo estavam em baixa nesta quinta-feira pois alguns especialistas questionavam a efetividade da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo de estender seu acordo de cortes na produção por mais nove meses.
As perdas do petróleo se aceleraram após a Opep concordar em estender seus cortes na produção por nove meses, de acordo com informações da imprensa, citando um participante da tão aguardada reunião em Viena como fonte.
Em dezembro do ano passado, a Opep e outros 11 produtores externos à organização, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo entre 1.º de janeiro e 30 de junho, o primeiro acordo conjunto em 15 anos.
Khalid al-Falih, ministro de energia da Arábia Saudita, indicou que grandes produtores de petróleo provavelmente concordarão em estender os cortes na produção por nove meses até março de 2018 conforme amplamente esperado, mas também declarou que o consenso entre os membros é de que cortes mais profundos não são necessários agora.
Entre os membros da Opep, Nigéria e Líbia permanecerão dispensadas dos limites na produção ao passo que a produção do Irã permanecerá em 3,8 milhões de barris por dia.
De qualquer forma, estrategistas de commodities do ING questionavam por que eles se incomodaram em estender o acordo.
"Estes planos de produção da Opep não impulsionaram os preços", explicaram, acrescentando que os estoques de petróleo também não caíram.
"Uma questão: Eles pretendem inundar o mercado de petróleo a partir de fevereiro de 2018?", perguntaram.
Ministros de energia da Opep estão reunidos com parceiros externos à Opep em Viena com uma entrevista coletiva previamente agendada para o meio-dia (horário de Brasília).
De acordo com relatos da imprensa, é amplamente esperado que a coalizão de países externos à Opep liderada pela Rússia concorde com a extensão.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíram 0,80%, atingindo US$ 50,95 às 9h22em horário local (10h22 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,59%, com o barril negociado a US$ 53,64.