Investing.com - A cotação do petróleo continuava a cair nesta segunda-feira, já que investidores avaliavam a possibilidade de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e a Rússia encerrem os cortes nos níveis de produção, ao mesmo tempo que o aumento da produção de shale oil dos EUA também baixava os ânimos.
Os contratos futuros de petróleo bruto WTI, negociados em Nova York, tinham perdas de US$ 1,29, ou cerca de 1,8%, e eram negociados a US$ 66,64 o barril às 11h21.
Além disso, contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuavam US$ 0,96, ou cerca de 1,3%, para US$ 75,48 o barril.
Na semana passada, surgiram rumores de que a Opep e a Rússia estariam considerando aumentar a produção para atender às deficiências do Irã e da Venezuela, ao passo que o ministro russo de energia, Alexander Novak, disse no sábado que um retorno aos níveis de produção de petróleo de outubro de 2016, a linha de base para o acordo atual para reduzir a produção, era uma das opções que estavam sendo discutidas.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros produtores, liderados pela Rússia, estão reduzindo a produção em cerca de 1,8 milhão de barris por dia para impulsionar os preços e reduzir os estoques globais de petróleo. O pacto teve início em janeiro de 2017 e deverá valer até o final de 2018.
Novak estipulou que qualquer decisão seria tomada nas reuniões dos países da Opep e de países externos à organização em Viena, de 22 a 23 de junho.
O que também pesava sobre os preços do petróleo eram os últimos dados semanais sobre a atividade de extração dos EUA, que mostraram que a produção continuou a aumentar. Exploradores norte-americanos acrescentaram à atividade já existente 15 sondas na semana passada, levanto a contagem total a 859, o maior número desde março de 2015, o que dá destaque a preocupações com o aumento da produção nos EUA.
A produção norte-americana de petróleo, guiada pela extração de shale oil, já subiu mais de 27% nos últimos dois anos e chegou à máxima histórica de 10,73 milhões de barris, deixando o país próximo dos 11 milhões de barris diários da Rússia.
Em outras negociações de energia, os contratos futuros de gasolina recuavam 1,8% para US$ 2,1356 o galão às 11h23, ao passo que o óleo de aquecimento tinha queda de 1,1% e era negociado a US$ 2,1816 o galão.
Os contratos futuros de gás natural avançavam 1,0%, para US$ 2,993 por milhão de unidades térmicas britânicas.