Bitcoin perde força e volta à faixa dos US$ 109 mil em meio à pressão macro

Publicado 25.09.2025, 17:04
© Reuters

Investing.com -- O mercado de criptomoedas voltou a sentir pressão nesta quinta-feira (25), em um pregão marcado por aversão ao risco global e novas dúvidas sobre o ritmo de cortes de juros nos Estados Unidos. Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o Bitcoin caía 3,43%, cotado a US$ 109.512,0, após renovar mínimas recentes e aproximar-se de suportes técnicos relevantes. Analistas destacam que o tom do mercado segue frágil, influenciado pelo fortalecimento do dólar e pelos sinais divergentes entre dirigentes do Federal Reserve.

No mesmo horário, o Ethereum recuava 5,92%, para US$ 3.927,28, enquanto a XRP desabava 7,26%, negociada a US$ 2,7631, segundo dados da Binance. O desempenho negativo reforça a correção mais ampla do setor, que perdeu bilhões em valor de mercado ao longo da semana em meio a liquidações e resgates em fundos cripto. A movimentação sinaliza que a pressão não se restringe ao BTC, mas atinge também grandes altcoins, reforçando o caráter defensivo do momento.

O cenário global ajuda a explicar a retração. Indicadores econômicos dos EUA, incluindo inflação e mercado de trabalho, surpreenderam para cima, reduzindo as apostas em cortes adicionais de juros ainda em 2025. Ao mesmo tempo, ETFs de Bitcoin e Ethereum registraram saídas expressivas, com perdas que somam centenas de milhões de dólares desde o início da semana, refletindo maior cautela dos institucionais. Soma-se a isso o impacto da proximidade da expiração de US$ 17,5 bilhões em opções de BTC, evento que historicamente eleva a volatilidade.

Diante desse ambiente, investidores adotam uma postura defensiva, com volumes em retração e aumento das ordens de venda. Baleias também têm reduzido posições, enquanto o índice de sentimento do mercado se aproxima da zona de medo. Para analistas técnicos, a perda do suporte de US$ 110 mil pode abrir caminho para quedas até US$ 107 mil ou até US$ 105 mil, enquanto apenas um retorno consistente acima de US$ 112.500 devolveria algum fôlego ao ativo. Até lá, a expectativa é de consolidação frágil, com a cautela dominando o mercado cripto.

"Ações relacionadas ao mercado cripto também foram atingidas. O gatilho foi a revisão do PIB americano para 3,8% (vs. 3,3% anterior) e pedidos de auxílio-desemprego caindo para 218.000 (vs. 235.000 esperados), fazendo com que o mercado aumente a expectativa de manutenção de taxa de juros pelo Fed; o que acaba pressionando ativos de risco", explicou Daniel Ascen, fundador da Ascen Cripto.

"Após marcar a máxima histórica de US$ 124.446 em agosto, o Bitcoin entrou em correção e opera abaixo da média móvel de 50 dias (US$ 114.200), mas ainda respeita a de 200 dias (US$ 103.997). No acumulado, recua -1,5% em 30 dias e -6,8% na semana, em meio a um salto de volume diário para US$ 72,5 bilhões, sinalizando teste de suporte por parte dos compradores. Os sinais técnicos permanecem mistos, com RSI em 46, médias móveis indicando consolidação e volatilidade em queda, refletindo ausência de catalisadores imediatos. No contexto global, a dominância do BTC segue em 58,1% com liquidez robusta, mas analistas alertam que a perda da faixa entre US$ 109 mil e a MM200 pode abrir espaço para novas vendas, enquanto apenas um retorno consistente acima da MM50 recolocaria o ativo em campo construtivo", analisou o WarrenAI.

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