Investing.com - Os preços do petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira, com sentimento negativo em meio aos sinais de contínuo aumento na produção dos EUA e incerteza sobre se a Opep reduziria os limites de extração.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega em julho caiu 1,61%, para US$ 64,75 por barril, enquanto na Bolsa Intercontinental de Londres, o Brent cedeu 2,03%, para encerrar o dia negociado a US$ 75,22 por barril.
Na sexta-feira, a Baker Hughes mostrou que o número de sondas de petróleo sob contrato nos EUA aumentou em 2 unidades para 861, nível mais alto desde 13 de março de 2015. Esse é um sinal de que a produção norte-americana tem força para seguir expandindo no médio prazo.
Os dados de sondas vieram dois dias após a agência de energia dos EUA (EIA) divulgar que a produção de petróleo dos EUA subiu 215 mil barris por dia para um recorde de 10,47 milhões de barris por dia em março.
Pesa ainda sobre o sentimento dos investidores a incerteza se a Opep e os grandes exportadores reduziriam os limites de produção para compensar a queda na oferta da Venezuela e uma provável redução das exportações de petróleo do Irã, já que as sanções dos Estados Unidos se aproximam.
A Opep, em seu relatório mais recente, mostrou que o acordo de redução de produção ajudou a reduzir o excesso de oferta global de petróleo e os estoques para um nível pouco acima da média de cinco anos.
Em novembro de 2016, a Opep e grandes produtores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar a produção em 1,8 milhão de barris por dia. O acordo foi renovado no ano passado até o final 2018 e sua sequência será analisada na reunião da Opep em 22 de junho.
O início de semana mais fraco do petróleo veio na esteira de uma queda de 5% na semana passada, com os traders continuando a cortar suas apostas em um aumento dos preços, segundo dados divulgados na sexta-feira.
Os dados da CFTC mostraram posições especulativas compradas no petróleo bruto WTI caíram para 324.235 de 377.520 na semana anterior.