Investing.com - Os preços do petróleo subiram na manhã do pregão norte-americano nesta quinta, chegando ao nível mais forte em um mês, com os investidores comemorando as indicações de que a oferta global vem começando a diminuir com os efeitos do corte de produção executado pelas potências mundiais do petróleo.
O petróleo bruto para entrega em março na Bolsa de Valores de Nova Iorque avançou para a máxima da sessão de US$ 54,34 o barril, o nível mais alto desde 3 de janeiro.
Às 12h50, no horário de Brasília, a commodity marcava US$ 54,10, com alta de US$ 0,21, após avançar US$ 1,07, ou cerca de 2% ontem.
No Reino Unido, o barril de Brent para entrega em abril, negociado na ICE Futures Exchange, de Londres, avançou US$ 0,29, ou 0,5%, operando a US$ 57,09 o barril. Os contratos futuros chegaram a US$ 57,45 mais cedo, nível inédito desde 6 de janeiro.
Nesta terça, o Brent negociado em Londres avançou US$ 1,22, ou 2,2%, após dados mostrarem que a produção da Rússia diminuiu em 100.000 bdp em janeiro, o que deu ainda mais indícios de que os grandes produtores estão cumprindo com o acordo de cortar a produção.
O dia 1º de janeiro marca oficialmente o início do acordo de corte de produção firmado em novembro por países membros e não membros da Opep, buscando reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia, totalizando 32,5 milhões de barris, para os próximos seis meses.
O acordo, se executado conforme o plano, deve reduzir a oferta global em cerca de 2%.
O avanço foi freado pelas preocupações com o aumento dos estoques da commodity nos EUA. A Administração de Informações Energéticas dos EUA afirmou, nesta quarta, que os estoques de petróleo aumentaram em 6,5 milhões de barris na semana passada, chegando a um total de 494,8 milhões de barris.
Os contratos futuros têm sido negociados a um valor sempre próximo de US$ 50,00 durante o último mês, com a confiança dos mercados de petróleo dividida entre as projeções de aumento de produção de shale oil nos EUA e as esperanças de que o excesso de oferta mundial possa ser remediado com os cortes anunciados pelos principais produtores.
A atividade de extração nos EUA cresceu em mais de 6% desde o meio de 2016, voltando aos níveis vistos no fim de 2014, quando a grande produção de petróleo nos EUA contribuiu para o colapso dos preços da commodity.
Esta recuperação da atividade de extração levantou preocupações relacionadas ao aumento da produção de shale oil nos EUA e como este aumento pode prejudicar as medidas de outros grandes produtores para reequilibrar a oferta e demanda global.
Na Nymex, os contratos futuros da gasolina com vencimento em março registraram queda de US$ 0,006, ou 0,4%, cotados a US$ 1,571 o galão, enquanto que o óleo de aquecimento com vencimento no mesmo mês avançou US$ 0,008, ou 0,5%, sendo negociado a US$ 1,682 o galão.
O gás natural futuro para entrega em março recuou US$ 0,038, ou 1,2%, a US$ 3,130 por milhão de btu, com os players do mercado aguardando os dados de estoque da semana para medir os níveis de oferta e demanda.