Investing.com – Os preços do petróleo avançaram na manhã dos EUA nesta quinta-feira, afastando-se da mínima de 1 semana da sessão anterior, após a Agência Internacional de Energia afirmar que os mercados de petróleo do mundo estão se solidificando à medida que a demanda aumenta.
Os players do mercado ainda aguardam novas informações da semana sobre os estoques da matéria bruta e da refinada nos EUA.
O petróleo bruto para entrega em fevereiro registrou alta de US$ 0,58, ou cerca de 1,2%, na Bolsa de Valores de Nova Iorque, operando a US$ 51,66 o barril por volta das 11h55, no horário de Brasília, após cair US$ 1,37, ou quase 2,6%, nesta quarta.
Os preços do petróleo despencaram a US$ 50,91, a mínima de uma semana, nesta quarta-feira, após o chefe da Agência Internacional de Energia prever um crescimento "significativo" da produção nos EUA.
Já o barril de Brent para entrega em março, negociado na ICE Futures Exchange, de Londres, apresentou ganho de US$ 0,56, ou quase 1,1%, cotado a US$ 54,47, após a desvalorização de US$ 1,55, ou 2,8%, da sessão anterior. Os contratos futuros do Brent negociados em Londres recuaram à mínima de US$ 53,77 nesta quarta-feira.
Em relatório mensal sobre o mercado de petróleo, o IEA afirmou que os cortes de produção, anunciados em novembro pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e 11 produtores não membros do órgão, "entraram no período de provação".
O dia 1º de janeiro marca oficialmente o início do acordo de corte de produção firmado em novembro por países membros e não membros da Opep, buscando reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia, totalizando 32,5 milhões de barris, para os próximos seis meses.
O acordo, se executado conforme o plano, deve reduzir a oferta global em cerca de 2%.
Um comitê de monitoramento encarregado de controlar a conformidade com o acordo global deve se reunir pela primeira vez em Viena, no dia 22 de janeiro.
Enquanto isso, a Administração de Informações Energéticas dos EUA divulgará seu relatório semanal sobre os estoques de petróleo às 14h de hoje, em meio às expectativas dos analistas de uma redução de 342 mil barris.
Espera-se que os estoques de gasolina registrem aumento de 2 milhões de barris, enquanto que os estoques de destilados, que incluem óleo de aquecimento e diesel, devem crescer 0,2 milhão de barris.
O relatório dessa semana vem um dia depois do habitual em virtude do feriado de segunda-feira em homenagem a Martin Luther King Jr.
Após o fechamento dos mercados na última quarta-feira, o Instituto Americano do Petróleo (API, na sigla em inglês) afirmou que os estoques da commodity nos EUA registraram retração de 5 milhões de barris na semana encerrada em 13 de janeiro.
O relatório da API também revelou aumento de 9,75 milhões de barris nos estoques de gasolina, enquanto que os estoques de destilados apresentaram elevação de 1,75 milhão de barris.
Na Nymex, os contratos futuros da gasolina com vencimento em fevereiro registraram alta de US$ 0,006, ou 0,45%, cotados a US$ 1,552 o galão, enquanto que o óleo de aquecimento com vencimento no mesmo mês avançou US$ 0,017, ou 1,1%, sendo negociado a US$ 1,627 o galão.
O gás natural futuro com vencimento em fevereiro recuou US$ 0,023, ou 0,7%, cotado a US$ 3,379 o milhão de BTUs.
Os participantes do mercado aguardam os dados de estoque semanais, a serem divulgados às 13h30 (horário de Brasília), que, segundo as expectativas do mercado, mostrarão uma redução de 231 bilhões de pés cúbicos na semana encerrada em 13 de janeiro.
Isso frente a uma redução de 151 bilhões de pés cúbicos na semana anterior, 178 bilhões no comparativo anual e um acumulado médio de 170 bilhões de pés cúbicos nos últimos cinco anos.