Os preços do petróleo subiram nesta sexta-feira, 6, após a leitura forte do relatório de empregos dos Estados Unidos, conhecido como payroll, evidenciar a resiliência da economia do país. O dado forneceu um gatilho para a interrupção do movimento de realização de lucros que vinha levando a commodity a se distanciar do patamar de US$ 100 o barril nas sessões anteriores. Relatos de movimento de viagens intenso na China durante o feriado também ficaram no radar.
Nesta sexta-feira, o contrato do WTI para novembro fechou em alta de 0,58% (US$ 0,48), a US$ 82,79 o barril, após tocar US$ 83,28 na máxima intradiária. O Brent para dezembro subiu 0,61%, (US$ 0,51), a US$ 84,58 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na máxima, o contrato chegou a ser cotado a US$ 84,95.
Na semana, o WTI acumulou queda de 8,81% e o Brent, de 8,26%, com a apreensão sob impacto na demanda de condições financeiras mais restritivas diante da alta do juro projetado nos Treasuries, mesmo com a oferta limitada pela Arábia Saudita e a Rússia.
"A semana negativa do petróleo WTI não deverá se transformar em uma tendência descendente sustentada, dado que as condições apertadas dos mercados físicos permanecerão, escreveu Edward Moya, analista da Oanda. "Se o caos no mercado de títulos persistir e o rendimento da T-note de 10 anos subir acima dos 5%, então o petróleo poderá sofrer uma última liquidação antes de se atingir o fundo do poço", projetou o analista.
Relatos de movimento forte de viagens durante o feriado da "Golden Week" na China também foram monitorados.
Segundo a agência estatal chinesa Xinhua, durante o feriado de oito dias, os chineses realizaram 826 milhões de viagens turísticas internamente, um aumento de 71,3% ante o mesmo período do ano passado e de 4,1% ante 2019.