Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos, nesta quarta-feira, em quadro de menos otimismo sobre uma solução rápida no conflito entre Rússia e Ucrânia. Além disso, o dólar recuou na sessão, o que tende a apoiar a commodity, com notícias do setor também em foco.
O contrato do WTI para maio fechou em alta de 3,43% (US$ 3,58), a US$ 107,82 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho avançou 3,46% (US$ 3,73), a US$ 111,44 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O ANZ afirma que o petróleo subia hoje em meio a "mais dúvidas sobre as intenções da Rússia na Ucrânia. Em linha similar, a Rystad Energia aponta que o alívio de terça com a expectativa de que Moscou recuaria em suas operações militares não foi visto hoje, após o Kremlin dizer que não houve reviravolta nas conversas de terça
Os contratos se recuperaram das baixas da terça-feira. Além disso, mesmo com as declarações iniciais de terça sobre avanços nas conversas entre Rússia e Ucrânia, havia também ceticismo sobre a postura de Moscou e potências do Ocidente não descartavam novas sanções. No câmbio, o dólar recuou durante a sessão, o que torna o petróleo mais barato para os detentores de outras moedas e tende a apoiar a demanda.
No setor, o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad Barkindo, recomendou aos países do cartel e aliados (Opep+) que mantenham os planos do acordo atual, com alta apenas gradual na produção da commodity (de 400 mil barris por dia). Nesta quinta-feira, há reuniões previstas do Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial (JMMC) e dos ministros da Opep+.
Nos EUA, os estoques de petróleo recuaram mais que o esperado na última semana, enquanto os estoques de gasolina subiram, quando analistas previam queda. Após o relatório semanal do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), o petróleo reduziu ganhos, mas se manteve em território positivo.