Os contratos do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira, 13, após os ganhos recentes dos ativos e uma sessão volátil. No radar das mesas de operação, estão os temores sobre estoques do petróleo nos Estados Unidos e a alta inflação no país.
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O petróleo WTI para fevereiro caiu 0,63% (US$ 0,52), a US$ 82,12 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março cedeu 0,24% (US$ 0,20), a US$ 84,47 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os ativos da commodity apresentaram certa volatilidade nesta sessão. Analista dos mercados de petróleo na Rystad Energy, Louise Dickson diz que os preços do óleo encontraram certo equilíbrio com as preocupações atenuadas sobre a cepa Ômicron do coronavírus, enquanto eram pressionados pelos dados de inflação dos EUA e níveis dos estoques de petróleo americanos. "Resta saber se esse equilíbrio durará ou se um sentimento mais otimista retornará à medida que a economia se recuperar nas próximas semanas".
Para Dickson, as respostas à pandemia nos EUA e na Ásia têm representado riscos maiores para os ativos de petróleo do que na Europa. Isso porque os altos casos nos EUA têm afastado funcionários e fechado escolas, pesando sobre a demanda da gasolina, enquanto a China segue com sua política de zero tolerância à covid-19.
O Commerzbank observa que os dados divulgados ontem pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) mostram que os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram em 20 milhões de barris nas últimas sete semanas, com o menor nível desde outubro de 2018. Os de gasolina, porém, tiveram alta "acentuada", de cerca de 18 milhões de barris em duas semanas. Ainda assim, o petróleo subiu cerca de US$ 4 em dois dias e registrou aumento de quase 10% desde o início deste mês, destaca o banco alemão.
Também hoje, Ed Morse, diretor global de estratégia de commodities do Citi, disse em evento que o pico de demanda por petróleo deve se dar em 2029 ou 2030.