Investing.com - Os preços do petróleo bruto WTI fecharam em alta nesta terça-feira, revertendo a manhã negativa após um relatório que mostrou que o governo dos EUA pediu aos principais produtores de petróleo para aumentar a produção.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega para julho subiu 1,2%, para US$ 65,52 por barril. Em Londres, o Brent deixou as mínimas do dia, mas não teve força suficiente para deixar o território negativo e cedeu 0,16%, para encerrar a sessão a US$ 75,16 por barril.
Os preços do petróleo se recuperaram das mínimas da sessão, com os investidores voltando seu olhar para os dados de estoques dos EUA, que devem ser divulgados na quarta-feira. A expectativa é que a agência de energia do país mostre uma redução de 1,82 milhão de barris, a segunda semana consecutiva de queda.
A recuperação do WTI deixou para trás uma sequência de três dias de perdas em meio a um sentimento negativo do mercado de um aumento na produção dos EUA e o relaxamento do acordo da Opep e grandes produtores.
Os preços do petróleo começaram o dia em queda depois que a Bloomberg informou, citando fontes, que o governo dos EUA pediu à Arábia Saudita e a outros membros da Opep para aumentar a produção em cerca de 1 milhão de barris por dia.
O pedido vem na esteira do tuíte do presidente Trump em abril, no qual ele criticou a Opep e alegou que os preços do petróleo estavam "artificialmente altos".
Jeff Currie, chefe global de pesquisa de commodities do Goldman Sachs, minimizou o impacto de um aumento de 1 milhão de barris por dia, insistindo que os estoques continuariam a cair no segundo semestre deste ano.
O mercado segue apreensivo com a possível decisão da Opep, em sua reunião de 22 de junho, de amenizar os cortes para compensar a queda da oferta na Venezuela e uma esperada redução nas exportações de petróleo do Irã afetadas pelas sanções norte-americanas.
Em novembro de 2016, a Opep e grandes exportadores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar a produção em 1,8 milhão de barris por dia para reduzir os estoques globais para a média de cinco anos. O acordo foi renovado no ano passado até o final de 2018.