Investing.com - Os preços do petróleo encerraram a semana em alta na sessão mais curta de sexta-feira, com a referência norte-americana atingindo seu melhor nível desde julho de 2015, já que o fechamento do oleoduto Keystone na América do Norte continuava a reduzir as entregas às unidades de armazenamento.
Contratos Futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, avançaram US$ 0,93, ou cerca de 1,6% e eram negociados a US$ 58,95 o barril no fechamento do pregão, nível não visto desde o verão de 2015.
Além disso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançou US$ 0,31, ou cerca de 0,5%, para US$ 68,86 o barril.
As negociações de contratos futuros encerraram uma hora mais cedo na sexta-feira, às 16h30, após o feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA na quinta-feira.
Durante a semana, o WTI avançou cerca de 4,2%, enquanto o Brent subiu cerca de 1,8%.
A interrupção no oleoduto Keystone, que conecta os campos petrolíferos da província de Alberta no Canadá às refinarias norte-americanas, reduziu o fluxo usual de 590.000 barris por dia para as refinarias dos EUA, reduzindo os estoques no centro de armazenamento em Cushing, Oklahoma.
O fluxo do oleoduto, que ficou fechado em 16 de novembro após o vazamento de 5.000 barris em Dakota do Sul, deverá ser reduzido em 85% até o final de novembro, de acordo com o operador da linha TransCanada.
Preços do petróleo tinham ainda mais sustentação devido a crescente sinais de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados chegarão a um acordo para prolongar os seus cortes na oferta quando os produtores se reunirem em Viena no fim do mês.
A Rússia afirmou na sexta-feira que está pronta para apoiar a extensão do acordo entre os produtores de petróleo para reduzir a produção, mas não mencionou o quanto essa extensão deveria durar após o vencimento em março.
Nos termos originais do acordo, a Opep e outros 11 produtores externos à organização, liderados pela Rússia, concordaram em reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia durante os seis primeiros meses de 2017. Este acordo foi estendido em maio deste ano por um período de mais nove meses até março de 2018.
Os cortes na produção conduzidos pela Opep têm sido um dos principais catalisadores que sustentaram o rali recente dos preços do petróleo em meio a expectativas de que o reequilíbrio nos mercados de petróleo está em andamento.
Em outras negociações do setor de energia na última sexta-feira, contratos futuros de gasolina tiveram ganhos de US$ 0,02, ou 1,1%, e encerram cotados a US$ 1,788. Na semana, fechou em alta de 2,5%.
O óleo de aquecimento avançou US$ 0,02, ou 1,1%, para US$ 1,952 o galão, encerrando a semana com ganhos em torno de 0,3% e marcando sua sexta semana seguida de alta.
Enquanto isso, Contratos futuros de gás natural recuaram US$ 0,155, ou 5,2%, para US$ 2,813 por milhão de unidades térmicas britânicas. Na semana, os contratos futuros recuaram 9,2%, marcando a maior queda percentual desde o período encerrado em 2 de fevereiro em meio a projeções de menor demanda de aquecimento até o início de dezembro.
Na semana a seguir, participantes do mercado se concentrarão na amplamente esperada reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo na próxima quinta-feira para ver se os maiores produtores têm planos de estender seu acordo atual de cortes na produção.
A maioria dos analistas de mercado espera que o cartel petrolífero estenda os cortes na produção por mais nove meses até o final do ano em uma aposta para reduzir os estoques globais e sustentar os preços do petróleo.
Investidores do setor de energia também prestarão atenção nas mais recentes informações semanais sobre os estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados na terça e na quarta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Terça-feira
O Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deve publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo nos EUA.
Quarta-feira
A Administração de Informações de Energia dos EUA deve divulgar seus dados semanais sobre estoques de petróleo e de gasolina
Quinta-feira
Importantes produtores de petróleo do mundo inteiro se reunirão em Viena para decidir sobre a extensão do pacto atual de cortes na produção.
O governo norte-americano irá divulgar relatório semanal da oferta de gás natural em estoque.
Sexta-feira
A Baker Hughes divulgará seus dados semanais sobre a contagem de sondas de petróleo nos EUA.