Investing.com - O preço do petróleo fechou em território negativo nesta quinta-feira (8/3) com a pressão de um dólar mais valorizado e o mercado de olho na crescente produção norte-americana.
Os contratos futuros do WTI para entrega em abril fecharam em Nova York negociados a US$ 60,12 o barril, queda de 1,7%, enquanto o Brent, em Londres, cedeu 0,8% para encerrar a sessão a US$ 63,80 o barril.
A cotação da commodity se encaminha para fechar a segunda semana consecutiva com perdas com o sentimento negativo do mercado persistindo mesmo após dados de estoque dos EUA mostrarem um aumento menor do que o previsto. A agência de energia do país publicou relatório semanal que mostrou alta de 2,4 milhões de barris nos estoques ao final da semana passada, menor do que a expectativa de 2,7 milhões de barris.
Os investidores seguem de olho da produção dos EUA que avançou para 10,4 milhões de barris/dia na semana passada, fortalecendo as apostas de que a extração crescente, especialmente no shale, pode ofuscar o acordo de redução de oferta da Opep e manter o mercado desequilibrado.
O dólar mais forte também ajudou a pressionar o petróleo após a moeda ter se valorizado fortemente depois do comentário dovish do Banco Central Europeu, que derrubou o euro.
Nem mesmo a fala positiva do ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih animou o mercado. O ministro sugeriu que a Opep e a Rússia poderão firmar acordo para estender novamente o corte de 1,8 milhão de barris/dia em vigor desde janeiro de 2017, que vence no final deste ano.
"Quando for o momento de encerrar o acordo, nós o faremos gradualmente", disse Al-Falih. "Nós ajustaremos em relação à sazonalidade. Se nós retirássemos os limites no primeiro trimestre, precisamos estar conscientes que é uma época de manutenção das refinarias e menor demanda. Então, não poderemos retirar todos os limites e inundar o mercado em um momento de baixa demanda", completou.