Investing.com - A cotação do petróleo iniciava a semana de forma apática nesta segunda-feira, já que o aumento da produção de petróleo dos EUA e as expectativas de que os membros da OPEP irão aumentar a oferta permaneceram em foco.
O petróleo bruto West Texas Intermediate, dos EUA, chegou a cair para US$ 65,57 o barril, batendo em seu menor nível em quase dois meses. Estava cotado a US$ 65,84 às 05h05, pouco alterado no dia.
Na semana passada, a referência norte-americana teve perdas em torno de 3%, ampliando a queda de quase 5% em relação à semana anterior.
Ressaltando as preocupações com o aumento da produção, companhias de energia dos EUA acrescentaram duas sondas de petróleo na semana encerrada em 1º de junho, levando o total para 861, a maior quantidade desde março de 2015, afirmou a Baker Hughes da General Electric (NYSE:GE), empresa prestadora de serviços de energia, em seu relatório na sexta-feira.
A produção de petróleo dos EUA está atingindo níveis recordes desde o final do ano passado. Em março, teve aumento de 215.000 barris por dia e chegou a 10,47 milhões de barris por dia, um novo recorde mensal, informou a Administração de Informações sobre Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) na semana passada.
Apenas a Rússia atualmente tem produção maior, com 11 milhões de barris por dia.
Além disso, os contratos futuros de petróleo Brent recuavam US$ 0,15 para US$ 76,64 o barril após terem tido perdas de 1% na sexta-feira.
Os preços nas últimas sessões caíram devido a preocupações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e países externos à organização, liderados pela Rússia, decidiriam elevar a produção em até 1 milhão de barris por dia já neste mês.
A Opep deverá realizar sua próxima reunião em 22 de junho em Viena.
Enquanto isso, o ágio do Brent em relação aos contratos futuros de petróleo bruto WTI permanecia próximo à máxima de três anos de US$ 10 o barril. O ágio dobrou em menos de um mês, já que a falta de capacidade de oleoduto nos Estados Unidos reteve grande parte da produção para o interior.
Novos dados sobre os estoques comerciais de petróleo bruto nos EUA serão o principal foco dos mercados de petróleo nesta semana, já que investidores tentam avaliar a rapidez com que os níveis de produção do país irão continuar a subir e se aproximar dos níveis da Rússia, principal produtor do mundo.
Comentários de produtores mundiais de petróleo, que podem apresentar mais sinais se seus planos de estender para o ano que vem o atual acordo de cortes na produção, também permanecerão em destaque.