Investing.com - A cotação do petróleo caía nesta quinta-feira apesar do fato de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) fez projeções de mercado mais apertado neste ano e tensões envolvendo a Síria diminuíram, reduzindo expectativas de problemas na oferta.
Contratos futuros de petróleo bruto WTI, negociados em Nova York, tinham perdas de US$ 0,62, ou cerca de 0,9%, e eram negociados a US$ 66,20 o barril às 11h58.
Além disso, contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuavam US$ 0,80, ou cerca de 1,1%, para US$ 71,26 o barril. O barril de Brent atingiu a máxima intradiária de US$ 72,48 nas negociações durante a noite nesta quinta-feira, o valor mais alto desde o final de 2014.
Em seu relatório mensal, a Opep previu que a demanda global irá aumentar neste ano, embora tenha afirmado que os produtores fora do cartel irão aumentar a produção.
A Opep indicou que sua conformidade com o pacto de cortes na produção atingiu 150%.
"Vimos um encolhimento acelerados dos estoques, de máximas incomparáveis de cerca de 400 milhões de barris para cerca de 43 milhões acima da média de cinco ano", afirmou Mohammad Barkindo, secretário-geral da Opep.
Opep, Rússia e alguns outros produtores externos à organização começaram a cortar a oferta em janeiro de 2017. Embora o acordo atual esteja em vigor até o final deste ano, a Arábia Saudita, líder efetivo da Opep, sugeriu que poderia ser estendido para 2019. A Opep se reúne em Viena em junho para decidir o próximo curso de ação.
O que também sustentava os preços eram as preocupações com tensões no Oriente Médio, que pareciam se acalmar nesta quinta-feira. Donald Trump, presidente norte-americano, tuitou na quinta-feira que um ataque à Síria "muito em breve, ou não tão logo", recuando de uma afirmação feita no dia anterior de que a ação militar estaria iminente.
Embora a Síria não seja um grande produtor de petróleo, o Oriente Médio em geral é o mais importante exportador de petróleo bruto do mundo e tensões na região aumentam a possibilidade de problemas na oferta, afirmaram analistas.
Apesar das perdas de quinta-feira, a referência norte-americana ainda está no caminho de ganhos na semana em torno de 7%.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina recuavam 0,8% para US$2,0454 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento tinha queda de 0,94% e era negociado a US$ 2,0730 o galão.
Contratos futuros de gás natural recuavam 0,1%, para US$ 2,673 por milhão de unidades térmicas britânicas.