Investing.com - O petróleo ganhou força e fechou em alta neta segunda-feira com a aproximação da reunião da Opep e o aumento das apostas em um acordo para congelar a produção.
Nos EUA, o petróleo perdeu força no fim do pregão, mas subiu 0,5% aos US$ 43,70, enquanto o Brent ganhou 0,2% e encerrou a US$ 43,90.
No final de semana, o presidente da Venezuela Nicolas Maduro afirmou que o cartel está próximo de fechar um acordo, após ter tido uma conversa bilateral com o presidente do Irã, Hassan Rouhani.
Na semana passada, a Arábia Saudita e a Rússia acertaram atuar em conjunto para estabilizar o mercado, o que foi entendido como um primeiro passo público para coordenar a reunião informal da Opep da próxima semana.
Desde o início do ano, a Rússia defende publicamente um acordo entre os grandes produtores para reduzir a sobreoferta e elevar a cotação de petróleo. Em abril, falhou na última hora o acordo para congelar a produção após o recuo da Arábia Saudita, que insistiu na adesão do Irã ao acordo, algo que já havia sido descartado pelo país persa.
No começo do ano, o Irã descartou aderir à negociação, pois trabalhava para elevar sua produção dos cerca de 2,5 milhões de barris para o patamar histórico de 4 milhões de barris, após a suspensão das sanções ocidentais ao país.
Nas últimas semanas, contudo, os dois rivais regionais, Arábia Saudita e Irã, países-chave da Opep, já harmonizaram o discurso de que é preciso agir para elevar os preços do barril.
Hoje, o receio de que a exportação de Líbia seja prejudicada e a desvalorização do dólar no mercado internacional contribuíram para o movimento altista da commodity.
A expectativa para a semana, contudo, segue com grande volatilidade na expectativa do comunicado da reunião do Fed na quarta-feira, que poderá indicar quando ocorrerá o aumento das taxas de juros dos EUA. Ainda no radar, o Banco do Japão também se reúne nesta semana e poderá anunciar novas medidas de estímulo e a China deverá divulgar suas importações de petróleo, em queda nos últimos meses.