Investing.com - Preços do petróleo continuavam a subir nesta quinta-feira, chegando ao nível mais forte em quase três meses em meio ao crescente otimismo com a possibilidade de que o mercado estaria começando a se reequilibrar.
O contrato com vencimento em setembro do petróleo bruto West Texas Intermediate estava cotado a US$ 50,16 o barril às 09h50 (horário de Brasília), alta de US$ 0,60 ou de cerca de 1,2%. Chegou ao pico intradiário de US$ 50,22, o mais alto desde 1º de agosto, quando os preços tocaram US$ 50,43, máxima de três meses.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em outubro na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres ganhavam US$ 0,83, ou cerca de 1,6%, e o barril era negociado a US$ 53,53. Mais cedo na sessão, chegaram a US$ 53,63, seu valor mais alto desde 25 de maio.
Os ânimos foram impulsionados após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo prever maior demanda para seu petróleo em 2018 devido ao aumento do consumo global e desaceleração no crescimento da oferta de rivais.
Em seu relatório mensal divulgado mais cedo, a OPEP afirmou que o mundo precisaria de 32,42 milhões de barris de seu petróleo bruto no ano que vem, 220.000 barris por dia a mais em comparação à sua projeção anterior.
O grupo foi também otimista com relação ao crescimento econômico de 2018 e afirmou que os estoques de petróleo em economias desenvolvidas tiveram redução em junho e teriam redução ainda maior nos EUA, um sinal de que os cortes na produção conduzidos pela OPEP estariam funcionando.
De acordo com o relatório, a produção do cartel teve aumento de 173.000 barris por dia em julho e totalizou 32,87 milhões de barris por dia em movimento conduzido por aumentos na produção da Líbia e da Nigéria, dois membros que estão dispensados dos cortes que têm como meta reduzir o excesso de oferta.
Os números significam que a OPEP tem cumprido 86% de sua promessa de corte na produção, queda a partir dos 96% relatados inicialmente em junho, mas ainda assim alto para os padrões da OPEP.
A OPEP e outros 10 produtores externos ao cartel, incluindo a Rússia, chegaram a um acordo desde o início do ano para cortar 1,8 milhão de barris por dia da oferta até março de 2018 para reduzir a sobreoferta global e reequilibrar o mercado.
Contratos futuros de petróleo encerraram a quarta-feira em alta após dados do governo dos EUA mostrarem a sexta semana consecutiva de reduções nos estoques de petróleo bruto dos EUA.
Os estoques de petróleo norte-americanos tiveram redução de 6,5 milhões de barris no final da semana passada e totalizaram 474,4 milhões de barris, mais do que a redução esperada de cerca de 2,7 milhões de barris.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em setembro ganhavam US$ 0,024, ou 1,5%, chegando a custar US$ 1,648 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em setembro avançavam US$ 0,024 e eram negociados por US$ 1,677 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em setembro avançavam US$ 0,034, ou cerca de 1,2%, para US$ 2,917 por milhão de unidades térmicas britânicas, já que investidores aguardam os dados semanais dos estoques, previstos para o final do dia.