Investing.com - Preços do petróleo estavam sob pressão durante a manhã da América do Norte, voltando a se dirigir aos patamares mais baixos desde o fim de novembro, já que incertezas geradas com dúvidas sobre a extensão para além de junho do corte na produção conduzido pela OPEP alimentam receios sobre um excesso global de oferta.
O contrato com vencimento em maio do petróleo West Texas Intermediate dos EUA perdeu US$ 0,77, ou cerca de 1,6%, com o barril negociado a US$ 47,20 às 10h50 em horário de Brasília. Na quarta-feira da última semana, o barril foi negociado a US$ 47,01, nível não visto desde 30 de novembro.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em maio na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres perdiam US$ 0,64 e o barril era negociado a US$ 50,28. Na quarta-feira, a referência mundial atingiu US$ 49,71, o valor mais baixo desde 30 de novembro.
Na sexta-feira, dados da Baker Hughes, empresa fornecedora de serviços a campos petrolíferos, revelaram que o número de sondas de extração de petróleo ativas nos EUA aumentou em aumentou em 21, o décimo aumento semanal seguido. O número total de sondas chega a 652, o maior desde setembro de 2015.
O petróleo teve queda acentuada este mês em meio a receios de que a crescente recuperação na produção de xisto dos EUA possa afetar os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar o movimento de demanda e oferta global.
A OPEP realizou um acordo em novembro do ano passado para reduzir a produção em cerca de 1,2 milhão de barris por dia para nos primeiros seis meses de 2017. A Rússia e outros 10 produtores externos à OPEP concordaram em se juntar ao acordo com uma redução adicional de 600.000 barris por dia.
No total, eles concordaram em reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia para 32,5 milhões nos seis primeiros meses do ano, mas o movimento teve pouco impacto nos estoques até o momento.
Uma comissão conjunta de ministros de produtores da OPEP e externos à organização concordou em rever em abril se o pacto global de limitar os estoques deve ser estendido em seis meses mais uma vez, conforme uma declaração no domingo.
A declaração não conseguiu impressionar investidores, que esperavam notícias mais concretas de a redução na produção seria estendida para além de junho.
Alexander Novak, ministro russo de energia, afirmou que ainda é cedo para afirmar se haverá uma extensão, embora o acordo funcione bem e todos os países estão comprometidos com 100% de conformidade.
Ainda na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em maio perderam US$ 0,013, cerca de 0,8%, chegando a custar US$ 1,602 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em maio perderam US$ 0,018 e foram negociados por US$ 1,485 o galão.