Investing.com - Os contratos futuros do petróleo WTI são negociados acima dos US$ 40/b pela primeira vez neste ano. O barril avança pelo segundo dia consecutivo após países exportadores marcarem para abril uma reunião para discutir o congelamento da produção com o objetivo de estabilizar o mercado.
O WTI avança 3,48% e às 16h15 é vendido por US$ 40,20, enquanto o barril do tipo Brent avança 2,8% para US$ 41,42.
Os países produtores capitaneados pela Rússia; Catar, atual presidente da Opep; e a Arábia Saudita, maior exportador mundial, decidiram realizar a reunião mesmo sem a participação do Irã, que rejeita o acordo.
O país persa não pretende negociar cortes até atingir sua produção histórica de cerca de 4 milhões de b/d, que foi reduzida nos últimos anos com as sanções ocidentais impostas por causa de seu programa nuclear.
O patamar de US$ 40/b no barril do tipo WTI não era atingido desde início de dezembro, logo após a reunião da Opep que decidiu não impor limites à produção de seus países membros. No mês seguinte, a extração da organização bateu recorde histórico e contribuiu para a derrocada do petróleo que bateu na mínima de US$ 26,05 em meados de fevereiro.
A queda do preço da commodity faz parte de estratégia da Opep, especialmente da Arábia Saudita, de pressionar a produção dos demais países com a redução de preços. Com o custo de produção mais baixo, a expectativa do cartel é que produtores como EUA e Canadá fossem obrigados a sair do mercado por não conseguir remunerar seus produtos, garantindo à organização a manutenção de sua fatia de mercado em uma época de sobreoferta.
A estratégia, contudo, aparenta ter demorado mais que o projetado para mostrar resultados com uma resiliência acima da prevista de produtores no shale norte-americano e nas areias betuminosas canadenses. A demora fez com que o preço caísse além do limite para alguns países da Opep que passaram a pressionar por uma mudança de rumos.