Investing.com - Os contratos futuros de petróleo zeraram os ganhos no final do dia com a perspectiva de uma maior produção de shale oil no EUA.
A previsão é da agência de energia do país, que estimou que os sete maiores produtores no shale deverão apresentar alta de 41 mil barris/dia em fevereiro, para 4,748 milhões de barris/dia.
No final do pregão, o petróleo avançava 0,2% para US$ 52,50 nos EUA, enquanto o Brent virou para queda de 0,7%, para US$ 55,50, em Londres.
Mais cedo, a commodity avançou mais de 2% em meio à declaração do ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, afirmou, nesta segunda, que o reino cumprirá rigorosamente com o acordo de corte
Em uma conversa com repórteres nos bastidores de um evento da indústria petrolífera em Abu Dhabi, Falih afirmou que considera improvável que produtores membros e não membros da Opep estendam os cortes para além dos seis meses acordados, citando o nível de conformidade com o acordo e o reequilíbrio do mercado.
O dia 1º de janeiro marca oficialmente o início do acordo de corte de produção firmado em novembro por países membros e não membros da Opep, buscando reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia para os próximos seis meses.
O acordo, se executado de acordo com o plano, deve reduzir a oferta global em cerca de 2%.
Contudo, alguns investidores ainda adotam cautela quanto à expectativa geral do mercado para com a eficácia dos cortes planejados.
Enquanto grandes produtores, como Arábia Saudita e Kuwait, vêm mostrando sinais de adesão ao acordo, outros, como a Líbia, aumentaram a produção.
A Opep planeja divulgar seu relatório mensal de petróleo nesta quarta, enquanto que o relatório mensal da Agência Internacional de Energia está marcado para o dia seguinte, com os investidores ainda buscando evidências sobre se os produtores estão respeitando os cortes planejados.