BRASÍLIA (Reuters) - O Plano Safra para a nova temporada 2016/17 vai oferecer 202,88 bilhões de reais para a agricultura empresarial, num aumento de 8 por cento nos recursos globais ofertados, mas os financiamentos com juros controlados ficarão mais caros, informou nesta quarta-feira o Ministério da Agricultura durante o lançamento do programa.
O ministério destacou que o montante para custeio e comercialização a juros controlados cresceu 20 por cento sobre a safra anterior, a 115,8 bilhões de reais. Contudo, as taxas de juros vão variar de 8,5 a 12,75 por cento ao ano, num ajuste que, segundo o governo, foi feito para não comprometer a capacidade de pagamento do produtor.
No plano 2015/16, os juros cobrados para a maior parte dos recursos de custeio foi de 8,75 por cento.
O Mapa anunciou ainda que negociou com bancos a emissão de 10,25 bilhões de reais em Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) para os produtores a juros controlados, uma novidade em relação ao plano anterior, em que os juros eram livres e por isso menos atrativos.
Em outra frente, o Mapa também divulgou que os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) emitidos por empresas que desejam atrair investidores poderão ser corrigidos em moeda estrangeira desde que lastreados na mesma condição.
(Por Marcela Ayres)