(Reuters) - O plantio da safra 2023/24 de soja do Brasil havia atingido até a última quinta-feira 1,9% da área estimada, contra 0,2% uma semana antes e 1,5% no mesmo período do ano passado, informou nesta segunda-feira a AgRural, com o ritmo dos trabalhos igualando o de 2018/19 nesta época, o mais forte da série histórica da consultoria.
"A exemplo do que já havia acontecido na semana anterior, o Paraná seguiu na liderança, seguido de longe por Mato Grosso. Outros Estados como Rondônia, Pará, São Paulo e Mato Grosso do Sul também já tinham máquinas em campo", disse a AgRural em nota.
Um plantio antecipado tende a favorecer a janela climática da segunda safra, principalmente de milho ou algodão, semeados após a colheita da soja.
Segundo a consultoria, o plantio no Paraná avançou com a "umidade herdada das chuvas da segunda semana de setembro".
"Diante da onda de calor e da redução das precipitações, porém, os paranaenses reduziram um pouco a velocidade conforme a semana avançava, juntando-se aos produtores de outros Estados na espera por melhores condições climáticas", ponderou.
A expectativa é de temperaturas elevadas em grande parte do Brasil até quarta-feira, segundo avaliação da Rural Clima desta segunda-feira. A expectativa é de diminuição do calor mais para o final de semana, à medida que uma frente fria avance.
A Rural Clima disse ainda que as chuvas devem seguir irregulares na região central do país, recomendando cautela de produtores que querem iniciar os trabalhos nesta e na próxima semana.
Já o plantio de milho primeira safra 2023/24 no centro-sul do Brasil alcançou 25% da área estimada até a última quinta-feira, ante 21% registrados na semana anterior e 28% no mesmo período do ano passado, segundo a AgRural.
Os trabalhos seguem concentrados no Sul, disse a consultoria, acrescentando que o ritmo melhorou no Rio Grande do Sul mas ainda há atraso devido ao excesso de chuva.
(Por Roberto Samora, Letícia Fucuchima e Gabriel Araujo)