Por Ruby Lian e Josephine Mason
PEQUIM (Reuters) - A província de Hebei, na China, negou nesta quinta-feira notícias de que vá ampliar cortes de produção de aço impostos no inverno, após fontes dizerem à Reuters que as autoridades da região avaliam o movimento.
O governo da província ao norte do país, onde fica a cidade de Tangshan, líder em produção de aço, publicou um comunicado em sua conta no Weibo (equivalente chinês do Twitter) no qual nega relatos da mídia local de que poderia haver uma prorrogação das restrições às usinas de aço por dois meses, até meados de maio.
"O governo da província de Hebei e a agência de administração da poluição do ar nunca pediram por uma extensão. Hebei vai seguir estritamente as restrições de produção definidas pelo governo central", disse o comunicado.
Pequim impôs limites à produção de aço no inverno, ordenando às usinas cortes de até 50 por cento da oferta entre meados de novembro e meados de março, como parte dos esforços do país para combater a poluição do ar.
Três fontes com familiaridade com o tema disseram à Reuters que Tangshan, maior produtora de aço da China, em Hebei, está discutindo prolongar os cortes para até depois do final do inverno.
As fontes falaram sob condição de anonimato porque não estão autorizadas a falar com a imprensa.
Hebei produziu 191 milhões de toneladas de aço bruto no ano passado, 12 por cento do total da China. Tangshan responde por mais de metade disso, e mais que a produção dos Estados Unidos. A cidade constantemente aparece entre as 10 da China mais afetadas pela poluição.
Uma porta-voz do governo de Tangshan recusou-se a comentar o plano e disse que a cidade irá obedecer às regras ambientais. O Ministério de Proteção ao Ambiente não respondeu pedidos de comentário.
(Reportagem adicional de Muyu Xu)