Por Leonardo Benassatto
SÃO PAULO (Reuters) - Rosângela dos Santos Lara foi ao mercado e comprou uma porquinha como animal de estimação; o tempo passou e o pet foi crescendo, crescendo e crescendo.
Agora com três anos, a porca Lilica pesa 250 kg e consome cinco quilos de frutas e vegetais por dia, além da ração animal, comprometendo grande parte do orçamento familiar de Rosângela.
Ela diz que o vendedor a enganou. Mesmo assim, Lilica ainda dorme no colchão do quarto que a professora desempregada de 50 anos divide com o marido Nelson, um pescador na cidade litorânea de Peruíbe, em São Paulo.
"Eu peguei ela pensando que ela ia ficar uma 'mini porco', mas ela ficou esse gigante" disse Rosângela, enquanto fazia cócegas em Lilica, que estava estendida em frente ao sofá da família com gatos e cachorros ao seu redor.
"Ela veio só para trazer alegria para mim, porque as pessoas às vezes criticam, me chamam de louca. Mas eu não acho que é loucura não, eu acho que é amor aos animais!"
Vender Lilica ajudaria bastante nas finanças de sua família, mas Rosângela não está interessada.
"Veio ver uma pessoa essa semana e perguntou: 'Te dou 20 mil reais, você vende?' E eu falei: 'Não vendo! Mesmo sabendo que esses 20 mil vai me ajudar no momento, mas não vendo não, deixa a bichinha ai!'."