SÃO PAULO (Reuters) - Os portos de Paranaguá e Antonina movimentaram 4,3 milhões de toneladas em cargas no mês de novembro, queda de 4,6% ante igual período de 2021, em meio a um clima mais chuvoso na região que normalmente limita embarques de grãos, mas acumularam alta de 2% na movimentação no acumulado do ano, disse nesta quinta-feira a administradora Portos do Paraná.
No mês passado, a unidade portuária de Paranaguá, uma das principais do Brasil para embarques de commodities agrícolas, precisou trabalhar com estoques para manter as exportações por um período, devido a um bloqueio do principal acesso ao porto por deslizamento de terra.
Algumas das principais cargas transportadas por Paranaguá são açúcar, soja, milho e farelos, sendo que parte delas continuou chegando normalmente ao porto no período mais crítico de novembro por meio de ferrovia.
Segundo a Portos do Paraná, a movimentação acumulada nos onze primeiros meses do ano pelas duas unidades portuárias foi de 54 milhões de toneladas, contra 53,03 milhões em igual período de 2021.
"Nossa expectativa é superar o recorde do ano passado, que foi de 57,5 milhões de toneladas. Paranaguá tem produtividade acima da média", disse em nota o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
O desempenho positivo contou com expressiva colaboração do milho, cujos embarques saltaram 533% no comparativo anual, para 4,52 milhões de toneladas, após uma quebra na segunda safra do ano passado.
No total, a exportação pelos portos paranaenses somou 33,3 milhões de toneladas até novembro, alta de 8%, enquanto as importações caíram 7% no mesmo intervalo, a 20,7 milhões de toneladas.
Também entre os destaques, o carregamento de farelo de soja totalizou 5,22 milhões de toneladas neste ano, 15% superior ao acumulado em onze meses de 2021. O óleo de soja avançou 38% em embarques para 1,47 milhão de toneladas.
No açúcar, a alta foi de 1%, somando o produto embarcado a granel e em saca, a 4,56 milhões de toneladas.
(Reportagem de Nayara Figueiredo)