LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo deverão sofrer ainda mais pressão devido a uma redução da demanda global e um crescente excesso de oferta, enquanto o processo de reequilíbrio dos mercados provavelmente se estenderá até o ano que vem, disse nesta sexta-feira a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
A IEA disse que espera que a demanda global desacelere no próximo ano para 1,2 milhão de barris por dia (bpd), ante 1,4 milhão neste ano --bem menos que o necessário para um equilíbrio frente à teimosa produção tanto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) quanto de países não-membros do cartel.
"O ponto mais baixo para o mercado pode estar ainda por vir", disse a IEA em seu relatório mensal.
"O rebalanceamento que teve início com a queda inicial de preços do petróleo em 60 por cento, há um ano, ainda está em curso. Os movimentos recentes sugerem que este processo vai se estender até 2016".
"O mercado de petróleo estava com um maciço excesso de oferta no segundo trimestre de 2015, e continua assim hoje. É igualmente claro que a capacidade do mercado de absorver essa oferta não deve durar. O espaço para estocagem em solo é limitado, assim como a frota de petroleiros... alguém tem que ceder", disse a IEA.
(Por Dmitry Zhdannikov and Christopher Johnson)