Por Stephanie Kelly
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo recuaram mais de 1% nesta segunda-feira, uma vez que as tensões comerciais entre Estados Unidos e China continuaram a ameaçar a demanda pelo produto e à medida que os grandes produtores de Arábia Saudita e Rússia ainda devem acertar uma extensão do acordo para cortes de oferta.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de 1 dólar, ou 1,6%, a 62,29 dólares por barril, enquanto o petróleo nos EUA recuou 0,73 dólar, ou 1,4%, e fechou a 53,26 dólares/barril.
O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que está pronto para impor uma nova rodada de tarifas às importações chinesas se não chegar a um acordo com o presidente chinês, Xi Jinping, durante reunião do G20 no final deste mês.
O Ministério das Relações Exteriores da China, por sua vez, declarou que o país está aberto a novas negociações com Washington, mas que não tem nada a anunciar a respeito de uma possível reunião.
Segundo dados alfandegários, as importações de petróleo bruto pela China recuaram para cerca de 40,23 milhões de toneladas em maio, após uma máxima recorde de 43,73 milhões de toneladas em abril, por causa de uma queda em aquisições junto ao Irã, devido às sanções impostas pelos EUA, e manutenções em refinarias.
"À medida que as preocupações tarifárias EUA-China aumentam, vemos mais ajustes para baixo na demanda mundial por petróleo tanto neste ano quanto no próximo, o que limita eventuais avanços nos preços", disse em nota Jim Ritterbusch, da Ritterbusch and Associates.
No tocante à oferta, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse que a Rússia é o único exportador ainda indeciso a respeito da necessidade de ampliação do acordo da Opep+ para cortes de produção.
(Reportagem adicional de Noah Browning em Londres e Henning Gloystein em Cingapura)