Por Collin Eaton
HOUSTON (Reuters) - Os preços do petróleo recuaram nesta segunda-feira, influenciados por um alívio nos temores de escassez de oferta e conflitos no Oriente Médio após os ataques de 14 de setembro à Arábia Saudita, com o Brent, valor de referência global, registrando sua maior perda trimestral neste ano, pressionado por preocupações de demanda em meio à guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Os contratos futuros do petróleo Brent (LCOc1) fecharam a 60,78 dólares por barril, queda de 1,13 dólar, ou 1,83%, enquanto os futuros do petróleo dos EUA (CLc1), valor de referência norte-americano, recuaram 1,84 dólar, ou 3,3%, para 54,07 dólares o barril.
O Brent avançou 0,6% e o WTI recuou 1,9% em setembro, mês volátil, no qual os valores saltaram quase 20% após os ataques que interromperam metade da produção saudita, mas devolveram quase todos os ganhos devido à rápida retomada do bombeamento no país.
No trimestre, o Brent recuou 8,7%, maior queda em um período trimestral desde o quarto trimestre de 2018, quando os preços despencaram 35%, enquanto o WTI perdeu 7,5%.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria da China subiu a 49,8 em setembro, um pouco melhor do que o esperado, ante 49,5 em agosto, mas permaneceu abaixo da marca de 50 que separa expansão de contração, de acordo com os dados da Agência Nacional de Estatísticas.
A Saudi Aramco retomou sua produção total de petróleo, voltando ao nível registrado antes dos ataques às instalações da empresa em 14 de setembro, disse nesta segunda-feira o presidente executivo de sua unidade de trading, Ibrahim Al-Buainain.
(Reportagem adicional de Noah Browning em Londres, Florence Tan em Cingapura e Colin Packham em Sidney)