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Investing.com – Os contratos futuros do petróleo operavam em baixa na manhã desta segunda-feira (30), refletindo a dissipação das tensões entre Israel e Irã, o que levou os agentes de mercado a reduzir o prêmio de risco embutido nos preços. A possibilidade de novos aumentos de oferta pela Opep+ também contribuiu para o recuo.
O Brent com vencimento em agosto cedia 0,19%, negociado a US$ 66,66 por barril, enquanto o WTI registrava queda de 0,34%, cotado a US$ 65,29 por barril às 7h50 de Brasília.
Apesar das perdas recentes, a commodity caminha para encerrar junho com valorização superior a 5%, após ter avançado no início do mês com a escalada do conflito entre Israel e Irã.
Indicadores mistos da China, maior compradora global de petróleo, também limitaram o ímpeto dos preços. O índice de gerentes de compras (PMI) apontou retração na atividade industrial chinesa em junho.
Conflito entre Israel e Irã arrefece e reduz percepção de risco
Na última semana, o petróleo acumulou perdas relevantes diante da manutenção do cessar-fogo entre Israel e Irã, o que reduziu as projeções de interrupção do fluxo de petróleo oriundo do Oriente Médio.
O confronto, que se estendeu por 12 dias, havia elevado os preços a patamares próximos das máximas do ano, especialmente após ataques a instalações nucleares iranianas conduzidos por Israel e, posteriormente, pelos Estados Unidos.
A situação se estabilizou após os EUA negociarem uma trégua entre as partes envolvidas. O presidente Donald Trump também indicou que novas rodadas de diálogo sobre o programa nuclear iraniano estão em fase de preparação.
Com o cessar-fogo se mantendo há quase uma semana, o temor de um conflito prolongado que pudesse comprometer os embarques de petróleo da região perdeu força.
A possibilidade de bloqueio do Estreito de Hormuz, corredor estratégico para o escoamento de petróleo global, também foi considerada menos provável diante da atual conjuntura diplomática.
Mercado avalia possível expansão da oferta antes de reunião da Opep+
Além do alívio geopolítico, os preços também refletem a expectativa de que a Opep e seus aliados venham a ampliar a produção. O grupo se reúne em 6 de julho.
Segundo fontes ouvidas pela Reuters, a coalizão deve autorizar um aumento de 411 mil barris por dia em agosto, em linha com os acréscimos realizados nos três meses anteriores.
A Opep+ iniciou o processo de reversão dos cortes implementados nos últimos dois anos, tanto para neutralizar os efeitos de preços persistentemente baixos quanto para lidar com o descumprimento de cotas por alguns de seus membros.
Além da política da Opep+, o mercado acompanha os dados de consumo de combustíveis nos Estados Unidos, em meio à intensificação das viagens na temporada de verão no hemisfério norte.