Investing.com - Os preços do petróleo se estabilizaram nesta terça-feira após um rali intenso na sessão anterior que elevou os preços aos níveis mais altos desde meados de 2015, após os grandes produtores fecharem um acordo de corte de produção que visa a restaurar o equilíbrio entre oferta e demanda do mercado global.
O petróleo bruto americano foi negociado a US$ 52,77 o barril às 7h18, registrando queda de US$ 0,06, ou 0,09%, frente a seu último fechamento.
O Brent futuro, petróleo que é referência mundial, foi cotado a US$ 55,74, registrando avanço de US$ 0,08, ou 0,11%.
Os preços recuaram das máximas atingidas nesta segunda-feira, com os investidores realizando os lucros após o rali, mas o mercado continua sustentando pelo acordo de dimensionamento da produção.
Neste sábado, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os produtores não membros do órgão firmaram o primeiro acordo para cortes de produção coordenados desde 2001.
Os produtores externos à Opep concordaram em reduzir a produção em 558.000 barris por dia a partir de 1º de janeiro, valor este aquém da meta inicial de 600.000 bpd, mas ainda o maior corte da história para países não membros do órgão.
A Rússia alegou que aplicará os cortes, reduzindo a produção em 300.000 bpd.
Este corte é adicional à redução de 1,2 milhão de bpd anunciada pela Opep em 30 de novembro.
Os cortes de produção serão efetivamente aplicados a partir de 1º de janeiro, e os produtores de petróleo se reunirão novamente em seis meses para avaliar a eficácia da medida.
A redução total representa quase 2% da produção total da commodity no mundo.
A produção de petróleo vem superando o consumo em um a dois milhões barris por dia desde o fim de 2014, pressionando os preços.
No entanto, surgiram dúvida sobre a eficácia dos cortes em relação ao reequilíbrio do mercado, com alguns analistas descrentes acerca da disposição dos principais produtores de respeitar os limites de produção.
Há também preocupações com a possível velocidade com que outros produtores, especialmente as perfuradoras de xisto dos EUA, aumentarão sua produção para tentar aproveitar os preços mais elevados.