Investing.com – Preços do petróleo continuavam, nesta sexta-feira, o rali que fez com que a commodity estivesse no caminho de ganhos na semana em torno de 1,6% uma vez que os preços permaneciam sustentados devido a expectativas de que os maiores produtores chegarão a um acordo para estender seu acordo de cortes na produção no final da sua reunião em novembro e investidores aguardavam a última contagem sobre a produção de shale oil nos EUA.
O contrato com vencimento em dezembro do petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA ganhava US$ 0,38, ou 0,70%, com o barril negociado a US$ 54,92 às 06h44.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em janeiro na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres ganhavam US$ 0,49, ou 0,81%, e o barril era negociado a US$ 61,11.
Os preços do petróleo fecharam em alta na quinta-feira uma vez que os cortes na produção realizados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e países externos à organização liderados pela Rússia, alimentavam expectativas de que o reequilíbrio do mercado de petróleo estaria em andamento.
A Arábia Saudita continuava a cortar a produção de petróleo uma vez que os estoques tiveram redução significativa em outubro, afirmou Khalid Al-Falih, ministro saudita de energia, nesta quinta-feira ao passo que a conformidade no acordo liderado pela Opep para limitar a produção tem sido "excelente".
Falih também expressou o desejo de continuar com os cortes na produção, afirmando que a Opep deveria trabalhar para garantir que os estoques continuarão a ter redução depois de março. A próxima reunião da Opep está marcada em sua sede em Viena no dia 30 de novembro.
Em maio, grandes produtores de petróleo chegaram a um acordo para estender os cortes na produção por um período de nove meses até março de 2018.
A Rússia manteve a conformidade com sua parte no acordo mesmo tendo elevado a produção para 10,93 milhões de barris por dia em outubro a partir de 10,91 milhões de barris por dia em setembro, conforme demonstrado por dados oficiais na quinta-feira.
No entanto, os EUA continuavam a elevar sua produção semanal para 9,55 milhões de barris por dia, alta de 46.000 em comparação a uma semana atrás, ao passo que as exportações atingiram a máxima histórica de 2,13 milhões de barris por dia, afirmou a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) na última quarta-feira.
O aumento na produção foi compensado por uma redução maior do que se esperava nos estoques de petróleo bruto dos EUA, que tiveram redução de 2,4 milhões de barris na semana encerrada em 27 de outubro, ao passo que os estoques de gasolina tiveram redução de 1,8 milhão de barris.
Ainda nesta sexta-feira, participantes do mercado estarão atentos à produção de shale oil dos EUA quando a Baker Hughes divulgar seus mais recentes dados sobre a contagem de sondas.
Na semana passada, a prestadora de serviços de petróleo afirmou que o número de sondas em atividade nos EUA teve acréscimo de uma e totalizou 737, quebrando uma sequência de três semanas seguidas de diminuição.
A contagem semanal de sondas é um barômetro importante para a indústria de extração de petróleo e serve como uma referência para a produção de petróleo.
Ainda na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em dezembro subiam 0,65%, chegando a custar US$ 1,7944 ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento estavam em alta de US$ 0,30% e eram negociados por US$ 1,8636 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em dezembro avançavam 0,51% para US$ 2,949 por milhão de unidades térmicas britânicas.