Investing.com - Os preços do petróleo se desvencilharam da fraqueza do início do dia nas negociações norte-americanas desta segunda-feira, saindo das baixas de quatro semanas após o dólar ter caído em relação às principais moedas mundiais.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,1% para 94,48, após ter atingido altas de 94,83 alcançadas no início da sessão e se reaproximando da baixa de cinco meses e meio de 94,30 alcançada na semana passada.
Os contratos futuros de petróleo vendidos em dólar tendem a subir quando a moeda norte-americana enfraquece, pois isso torna o petróleo mais barato para os compradores detentores de outras moedas.
Na ICE Futures Exchange de Londres, o petróleo Brent com vencimento em junho caiu quase 1,5% e operou em uma baixa de US$ 38,12 por barril, um nível não visto desde 4 de março, antes de apresentar recuperação e ser negociado a US$ 38,69, às 12h41min. GMT, ou 08h41min. ET, uma alta de 2 centavos, ou 0,05%.
O ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, disse que o Irã concordou em aderir ao acordo de congelamento da produção de petróleo, assim que a produção atingir 4 milhões de barris por dia. Atualmente, a produção diária do Irã é de 3,3 milhões de barris por dia.
Na sexta-feira, os futuros de Brent negociados em Londres caíram US$ 1,66, ou 4,12%, após o príncipe herdeiro substituto, Mohammed bin Salman, da Arábia ter dito que o reino não vai limitar a produção a menos que o Irã e outros grandes produtores façam isso, lançando dúvidas sobre se o congelamento da produção altamente aguardado vai acontecer.
O Irã persiste que não vai contribuir com o congelamento da produção até que as suas exportações de petróleo voltem aos níveis pré-sanção.
Na semana passada, os futuros do Brent de negociados em Londres caíram US$ 2.60, ou 4,45%, a segunda semana consecutiva de perdas, em meio à incerteza com um acordo entre os principais produtores para limitar a produção.
Os produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e não membros devem se reunir em 17 de abril, em Doha, Qatar, para discutir o congelamento da produção. Não está claro exatamente quais, ou quantos, membros e não membros da OPEP vão participar da reunião.
Apesar das perdas recentes, os futuros do Brent subiram aproximadamente 40% desde a queda abaixo do nível de US$ 30 por barril em 11 de fevereiro. As vendas a termo começaram em meados de fevereiro, após a Arábia Saudita e outros membros da OPEP, o Qatar e a Venezuela, terem concordado com o membro não OPEP, a Rússia, em congelar a produção aos níveis de janeiro, desde que os outros exportadores de petróleo aderissem ao movimento.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo com vencimento em maio subiu 15 centavos, ou 0,41%, e foi negociado a US$ 36,94 por barril, após ter atingido uma baixa diária de US$ 36,18, o nível mais fraco desde 8 de março.
O petróleo da Nymex recuou US$ 1,55, ou 4,04%, na sexta-feira, levando suas perdas para a semana a US$ 2,91, ou 7,05%, uma vez que os dados mostraram que a as reservas de petróleo atingiram outra alta de todos os tempos, evidenciando as preocupações com um excesso de oferta doméstica.
Desde a queda para baixas de 13 anos de US$ 26,05 em 11 de fevereiro, os futuros do petróleo dos EUA mostraram recuperação de aproximadamente 40%, uma vez que a queda na produção de óleo de xisto nos EUA estimulou o sentimento. No entanto, os analistas advertiram que as condições do mercado permaneceram fracas devido a um excesso de oferta.
Enquanto isso, a diferença do contrato de Brent sobre o WTI ficou em US$ 1,75 por barril, em comparação com uma diferença de US$ 1,88 no fechamento do pregão da sexta-feira.