Por Stephanie Kelly
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo rondaram suas máximas de seis meses nesta quarta-feira, após dados divulgados pelos Estados Unidos mostrarem que os estoques do país subiram a seus maiores níveis desde 2017, contrariando temores de um aperto na oferta resultante dos cortes de produção da Opep e das sanções norte-americanas sobre Irã e Venezuela.
Os contratos futuros do petróleo Brent (LCOc1) avançaram 0,06 dólar e fecharam a 74,57 dólares por barril. O valor de referência internacional atingiu a marca de 74,73 dólares por barril tanto na terça quanto nesta quarta-feira, sua máxima desde 1º de novembro.
Já os futuros do petróleo dos EUA (CLc1) receberam maior pressão do crescimento dos estoques domésticos, finalizando em baixa de 0,41 dólar, a 65,89 dólares o barril. Na terça-feira, o WTI bateu 66,60 dólares, maior nível desde 31 de outubro.
Os estoques norte-americanos de petróleo <USOIL=ECI> avançaram em 5,5 milhões de barris na última semana, disse a Administração de Informação de Energia (AIE) do país, valor muito acima do previsto por analistas, que era de um aumento de 1,3 milhão de barris. [nZONQOKC00]
O bombeamento de petróleo dos EUA, que se tornou o maior produtor mundial em 2018, retornou à sua máxima recorde de 12,2 milhões de barris por dia na semana passada, enquanto importações líquidas saltaram 900 mil barris, apontou a AIE.
O crescimento dos estoques foi "baixista, apesar do salto maior que o esperado nas refinarias norte-americanas, de quase 2,5 por cento da capacidade", disse em nota Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates.
(Reportagem adicional de Shadia Nasralla em Londres e Henning Gloystein em Cingapura)