Preços do petróleo subiram durante a manhã na Europa nesta terça-feira, após tocarem seus níveis mais baixos desde o fim de novembro uma vez que o mercado ponderou as altas históricas nos estoques norte-americanos frente aos esforços de produtores importantes para cortar a produção e reduzir um excesso global.
O contrato com vencimento em abril do petróleo West Texas Intermediate dos EUA ganhou US$ 0,30, ou 0,6%, com o barril negociado a US$ 48,34 às 6h35 em horário de Brasília.
A referência norte-americana registrou baixa pela terceira sessão consecutiva na quarta-feira após chegar a US$ 47,01, seu nível mais fraco desde 30 de novembro, na sequência de dados governamentais mostrando que os estoques de petróleo dos EUA subiram mais do que esperado na semana passada.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em maio na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres ganharam US$ 0,30 e o barril foi negociado a US$ 50,94. A referência mundial caiu para US$ 49,71 na sessão passada, o preço mais baixo desde 30 de novembro.
A Administração de Informação de Energia afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo ganharam 5 milhões de barris na semana passada chegando a um total recorde de 533,1 milhões.
O petróleo teve queda acentuada este mês em meio a receios de que a crescente recuperação na produção de xisto dos EUA possa afetar os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar o movimento de demanda e oferta global.
A OPEP realizou um acordo em novembro do ano passado para reduzir a produção em cerca de 1,2 milhão de barris por dia para nos primeiros seis meses de 2017. A Rússia e outros 10 produtores externos à OPEP concordaram em se juntar ao acordo com uma redução adicional de 600.000 barris por dia.
No total, eles concordaram em reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia para 32,5 milhões nos seis primeiros meses do ano, mas o movimento teve pouco impacto nos estoques até o momento.
O relatório mensal mais recente da OPEP mostrou que os estoques mundiais de petróleo subiram em janeiro para 278 milhões de barris acima da média de cinco anos.
Membros da OPEP estão cada vez mais favoráveis a estender para além de junho o pacto de redução de oferta de petróleo para equilibrar o mercado, informaram fontes do grupo, que acrescentaram que esta ação requereria que países externos à organização, como a Rússia, também envidassem esforços neste sentido.
O Kuwait deve organizar uma reunião ministerial em 26 de março incluindo membros e não-membros da OPEP para rever a conformidade com o acordo de produção e discutir se os cortes devem ser estendidos para além de junho.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em abril ganharam US$ 0,002, ou 0,2%, e foram negociados por US$ 1,603 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em abril subiram US$ 0,003 e foram negociados por US$ 1,499 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em abril avançaram US$ 0,021 para US$ 3,032 por milhão de unidades térmicas britânicas, já que investidores os dados semanais do estoque previstos para às 11h30 em horário de Brasília, que deve demonstrar uma retirada na faixa entre 150 bilhões de pés cúbicos na semana encerrada em 17 de março.