Bitcoin segue em compasso de espera após corte de juros nos EUA
Investing.com – Os preços do petróleo operavam perto da estabilidade nesta terça-feira, em movimento de consolidação após ganhos acumulados na última semana, enquanto os ataques da Ucrânia contra instalações petrolíferas russas mantêm o foco dos investidores nas possíveis restrições de oferta.
Às 7 h de Brasília, os contratos futuros do petróleo Brent para novembro recuavam 0,03%, cotados a US$ 67,42 por barril, e os futuros do West Texas Intermediate caíam 0,01%, a US$ 63,35 por barril.
Ambos os benchmarks acumularam valorização próxima de 1% na semana passada, após a intensificação da ofensiva ucraniana contra Moscou, especialmente depois do impasse nas negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos.
Kiev direcionou ataques a instalações de petróleo russas em tentativa de reduzir a capacidade de financiamento da guerra pelo Kremlin.
O presidente dos EUA, Donald Trump, solicitou recentemente sanções adicionais contra o setor energético russo, mirando grandes compradores como Índia e China. Além disso, elevou tarifas comerciais sobre a Índia para 50% no fim de agosto.
Trump também defendeu que OTAN, União Europeia e países do G7 interrompam as importações de petróleo russo e ampliem a pressão tarifária sobre Índia e China.
“O mercado aguarda novos desdobramentos sobre possíveis sanções ocidentais adicionais à Rússia, em um contexto de expectativa de excedente de oferta. Há indícios de que a União Europeia considera penalidades a empresas da Índia e da China que facilitam o comércio de petróleo russo como parte do próximo pacote de restrições”, destacou o ING.
Oferta global em expansão limita perspectivas de alta
Apesar dos riscos associados ao fornecimento russo, o mercado mantém no radar a elevação da produção da OPEC e de países fora do cartel, o que deve ampliar a oferta global nos próximos trimestres.
A demanda, por sua vez, continua em ritmo moderado. A recuperação do consumo na China segue limitada, e nos Estados Unidos a expectativa é de menor procura por combustíveis com a chegada do inverno.
Segundo a Bernstein, o Brent pode recuar para US$ 60 por barril caso a oferta siga superando a demanda, com projeção de excedente global de até 1,9 milhão de barris por dia neste trimestre. Para a consultoria, apenas sanções mais rigorosas contra Moscou poderiam sustentar os preços.
Dólar mais fraco e expectativa de corte do Fed influenciam preços
A desvalorização recente do dólar tem favorecido o petróleo, já que torna a commodity mais acessível a compradores que operam em outras moedas.
O Federal Reserve deve anunciar nesta quarta-feira um corte de ao menos 25 pontos-base, em meio a sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho americano.
Apesar da incerteza sobre a trajetória futura dos juros, taxas mais baixas tendem a estimular a atividade econômica, o que pode elevar a demanda por petróleo nos próximos meses.