Por Henning Gloystein e Dmitry Zhdannikov
CINGAPURA/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do petróleo avançavam nesta terça-feira, conforme o líder da oposição venezuelana pediu apoio aos militares para acabar com o governo de Nicolás Maduro e depois que a Arábia Saudita disse que o acordo para conter a produção da commodity pode ser estendido para além de junho, até ao final de 2019.
O petróleo Brent subia 1,11 dólar, ou 1,54 por cento, a 73,15 dólares por barril, às 9:34 (horário de Brasília).
O petróleo dos Estados Unidos avançava 1,05 dólar, ou 1,65 por cento, a 64,55 dólares por barril.
A situação na Venezuela, membro da Opep cujas exportações de petróleo foram atingidas por sanções dos Estados Unidos e por uma crise econômica, permanecia instável nesta terça-feira. O governo prontamente descartou qualquer sugestão de uma revolta militar.
Os comentários de apoio aos corte de produção do ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, vieram apesar da pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, para a Opep elevar a produção de petróleo para compensar o déficit de oferta que se espera devido à intensificação das sanções de Washington contra o Irã.
"Houve um aumento nos preços mesmo sem a Venezuela devido aos comentários de Falih", disse o analista Olivier Jakob da Petromatrix.
Na semana passada, o Brent atingiu uma máxima de seis meses, acima dos 75 dólares o barril, por conta do aperto dos mercados globais em meio às sanções dos EUA ao Irã e à Venezuela, juntamente com problemas de exportação de petróleo da Rússia decorrentes de um oleoduto contaminado.