NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo caíram nesta terça-feira, fechando julho com o maior declínio mensal em dois anos, por preocupações depois que a produção da Opep tocou uma máxima de 2018 em julho, ofuscando notícias de que os Estados Unidos e a China talvez retomem as negociações comerciais, o que poderia impulsionar a demanda.
O petróleo Brent para outubro recuou 1,34 dólar, para 74,21 dólares por barril. O contrato de setembro da referência global, que expira no fim desta terça-feira, encerrou a 74,25 dólares. Os futuros do petróleo dos EUA (WTI) cederam 1,37 dólar, quase 2 por cento, a 68,76 dólares o barril.
O Brent teve mais de 6 por cento de perda em julho, enquanto os contratos do WTI mergulharam cerca de 7 por cento, o maior recuo mensal para as duas referências desde julho de 2016.
Sinais de que uma interrupção na oferta no estreito de Bab al-Mandeb, no Mar Vermelho, poderia ser resolvida pressionaram os preços, disse John Kilduff, sócio na Again Capital Management.
O grupo iemenita Houthi disse que estava pronto para parar ataques unilaterais no Mar Vermelho, apoiando esforços de paz. A Arábia Saudita suspendeu os envios de petróleo pelo estreito na semana passada, depois do Houthi ter atacado dois tanques de óleo do reino.
A Rússia e a Organização de Países Exportadores de Petróleo impulsionaram sua produção em julho, de acordo com uma pesquisa da Reuters na segunda-feira. A pesquisa mostrou que os integrantes da Opep aumentaram a produção no mês em 70 mil barris por dia (bpd), para 32,64 milhões bpd, o maior nível no ano.
(Por Andres Guerra Luz; Reportagem adicional por Amanda Cooper e Aaron Sheldrick)