RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Pré-Sal Petróleo (PPSA) quase quintuplicou o volume de petróleo da União que será ofertado no próximo leilão, na bolsa paulista B3, em 31 de agosto, atendendo a pedido de investidores, informou nesta quinta-feira a estatal, que é responsável por representar o governo nos contratos de partilha de produção.
Serão ofertados no próximo leilão 14,4 milhões de barris de petróleo referentes à produção da União estimada nos próximos três anos nos campos de Mero (10,6 milhão de barris), Sapinhoá (600 mil) e Lula (3,2 milhão), todos na Bacia de Santos.
As regras do leilão estão em edital publicado pela empresa nesta quinta-feira.
Anteriormente, no pré-edital do leilão, a PPSA planejava leiloar, neste mês, apenas 3 milhões de barris, que seriam produzidos ao longo de um ano nas três áreas.
As mudanças foram formuladas como o objetivo de aumentar a atratividade, segundo afirmou em nota o presidente da PPSA, Ibsen Flores.
O leilão anterior, primeiro a ser realizado, que ofertou 1,8 milhões de barris, em 12 meses, terminou sem receber ofertas.
"O prazo de 36 meses facilita a contratação de serviços logísticos e a comercialização, a longo prazo, do petróleo adquirido no leilão", afirmou Flores na nota.
Os lotes serão ofertados individualmente. Para cada área, o vencedor será a empresa que oferecer maior ágio sobre o Preço de Referência do Petróleo (PRP), estabelecido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Entretanto, caso algum lote não seja comercializado, ele será oferecido novamente em uma segunda etapa, desta vez para um contrato de 12 meses. Se ainda assim algum lote não tiver sido arrematado, o edital prevê a possibilidade de uma nova oferta com deságio. Neste caso, a opção será válida apenas para os contratos de 12 meses, disse a PPSA.
(Por Marta Nogueira)