DES MOINES, Iowa (Reuters) - O presidente da Monsanto (N:MON), Brett Begemann, afirmou nesta quinta-feira aos produtores de soja norte-americanos que, se a companhia comprar a Syngenta (VX:SYNN), a sede da empresa resultante ficaria nos Estados Unidos e operações da Syngenta seriam vendidas para que haja competitividade nos mercados de sementes e químicos.
"Haverá uma boa competição. Independentemente das escolhas que estavam disponíveis antes da operação, se o negócio for fechado, as escolhas estarão disponíveis após a transação", disse Begemann, em uma apresentação para o United Soybean Board, em Des Moines, Iowa.
A declaração de Begemann foi uma de uma série de apresentações que ele e o presidente do Conselho da Monsanto, Hugh Grant, estão fazendo aos acionistas e grupos de agricultores na Europa e nos Estados Unidos para solicitar apoio à oferta da empresa de 45 bilhões de dólares pela Sygenta AG, sediada na Suíça.
A Monsanto é a maior empresa de sementes do mundo e fabricante do herbicida Roundup. A Syngenta é também uma grande empresa de sementes e líder global no mercado de agrotóxico.
A Syngenta tem rejeitado, até agora, as tentativas da Monsanto, dizendo que o negócio está subvalorizado e que seria difícil de obter aprovações regulatórias devido a impedimentos de defesa da concorrência.
Alguns grupos de agricultores expressaram preocupações sobre o negócio, temendo que colocar suas compras de sementes, bem como uma vasta gama de herbicidas, inseticidas e fungicidas e outros insumos nas mãos de um único fornecedor pode limitar as escolhas e aumentar os preços.
(Reportagem de Carey Gillam em Des Moines, reportagem adicional de Oliver Hirt em Zurique e PJ Huffstutter em Chicago)
(Por Carey Gillam)